PovAo colocar os pés em Nova York, Colin se arrependeu de ter saído de Los Angeles. Tudo que ele mais queria era ficar junto com a sua amada Hanna, mas o dever o chamava, e ele precisava voltar ao trabalho, querendo ou não. Então, ele pegou um táxi e foi direto para o seu apartamento. Passou todo o caminho lembrando de tudo que aconteceu nessas últimas semanas, o quão louco foi entrar naquela ilha achando que era apenas uma diversão ou piada, mas no final saiu de lá com uma namorada, no qual ele não conseguia parar de pensar. Afastar-se dela era como uma tortura, causava uma dor no peito que ele não conseguia explicar. Além do mais, mesmo sabendo que Hanna era fiel totalmente a ele, ele ainda pensava em Nico e que os dois moravam na mesma cidade. Óbvio, no final, Nico ficou com a Patrícia, mas o quão juntos eles estavam, pois até um dia antes, eles estavam fazendo tanta questão pela união de Colin e Hanna. Nico era um homem bastante insistente e charmoso, querendo ou não, Colin s
Sei que parece exagerado, mas 15 dias longe de Colin era como anos. Eu não podia demonstrar isso sempre. Minha irmã ficar me dizendo que é chato sempre ouvir que estou com saudade do meu namorado, sendo que foi ela quem me mandou para aquela ilha arrumar um. Interessante, não é? Mas a gata estava bastante feliz por mim, e eu estava radiante. Falava com Colin todos os dias. Ele sempre me ligava, fazia vídeo-chamada, mas só quando tinha tempo. Ele tinha voltado ao trabalho, gerir, namoro, a sua clínica e o hospital estavam sendo difíceis para ele. Por isso, estar perto de Colin era muito crucial para nossa relação. Assim, todas as vezes que ele voltava para casa, ele me veria lá. Mas, confesso que tenho um pouco de medo disso, pois nos conhecemos, apesar de parecer muito, em tão pouco tempo, que me deixa um pouco assustada. Parece que vivo e respiro por causa dele. Ao mesmo tempo que era bom me sentir sufocada. Talvez fosse a distância, a saudade que batia em meu peito e partia ele n
Colin ainda não acreditava no que estava vendo. Ele ficou completamente petrificado. Seu coração parou de funcionar. O mundo ao redor dele parou de funcionar. Ele viu Hanna no chão e ficou desesperado. Suas pernas quase falharam. Ele mal conseguia andar. Mas ele se forçou a fazer isso. Afinal, ela precisava dele. Então, Colin correu até onde Hanna estava, no chão. Por sorte, ela não ficou desacordada. Mas parecia tonta. Colin era médico, mas naquele momento ele não sabia o que fazer. Pensou várias vezes, olhou a situação, olhou para Hanna, bêbada, com uma cara de dor. E não sabia o que fazer. Seu coração batia tão rápido que ele mal podia sentir o seu sangue correr pelas veias. Então, Colin piscou algumas vezes. O mundo ao seu redor voltou a funcionar. E ele ouviu pessoas, as vozes, os carros, até mesmo o som do seu coração batendo em seu peito. Ele olhou para Hanna e pensou, tenho que a deixar o mais confortável possível. Ninguém pode tocá-la. E foi isso que ele fez. Ele olhou a
Colin andava de um canto a outro desde que Hanna entrou na sala de cirurgia. Ele estava nervoso. Sentia como se estivesse vulnerável e incapaz de fazer alguma coisa por ela. Aquele acidente passava e se repassava em sua mente o tempo todo. Se ele não tivesse ido embora daquela forma, se ele não tivesse atravessado a rua fazendo com que ela fosse atrás dele, isso nunca aconteceria. Essa culpa remoía e remoía bem na sua frente, deixando sua mente atordoada. Agatha, irmã de Hanna, também estava aflita. Seu marido estava cuidando das crianças, enquanto ela estava ali sentada com as mãos apoiando o rosto, rezando para que algo bom acontecesse e que ela saísse daquela cirurgia sem muitas sequelas. Ela não entendia porque aquilo aconteceu. Foram poucos minutos. A fila do banheiro estava enorme. Ela teve que passar um bom tempo ali. E quando voltou, sua irmã já não estava. E um burburinho do lado de fora chamou sua atenção. Como não viu Hanna lá dentro, ela pensou que ela estaria lá fora.
PovEla abriu os olhos com dificuldade, sentindo eles arderem. A luz estava intensa. Quando conseguiu os abrir, teve dificuldade para enxergar. Mas assim que conseguiu, viu um quarto branco. Com alguns monitores, um sofá e uma cadeira ao seu lado. Ela estava na cama de um hospital. Com tubos e seringas, agulhas. Ela tinha pavor de tudo aquilo. Não conseguia entender ou lembrar o que havia acontecido. Na verdade, sua cabeça doía, seu peito doía, a barriga doía, mas não tanto para ser insuportável. Hanna sentiu dificuldade para respirar. Se mexeu um pouco até que alguém percebeu. Era Colin. Ele estava ao seu lado. Ela olhou para o lado e o encontrou, também acordando lentamente e percebendo que ela já estava desperta. Instantaneamente, ele sentiu uma felicidade sem tamanho. Sorriu e se aproximou dela, junto à sua cama. Ele havia dormido por duas noites em um lugar desconfortável. E mesmo que Agatha havia lhe pedido para ficar ali, ele recusou. Sabendo que ela tinha dois filhos para
EmmaO dia começou bem difícil. Dormi tarde porque estava empolgada criando um software, portanto me me atrasei nesta manhã, não tomei café e perdi o metrô. Fiquei vinte minutos esperando o próximo e, quando ele chegou, não tinha lugar para me sentar.Apesar de ter acordado quase agora, meu corpo ainda está cansado. E, depois do trabalho, ainda tenho que correr com Bia, que está me forçando a fazer essa atividade todos os dias depois do trabalho.Agora estou quase correndo para chegar a tempo para o meu turno no emprego. Meu chefe não é tão ruim, mas odeia atrasos. E, mesmo sabendo que Victor não dirá nada a ele sobre isso, não posso me arriscar.Estou quase na porta giratória que dá acesso ao prédio, quando uma parede bate em mim e eu caio de quatro no chão. Olho para cima e vejo que o filho da puta, que nem olha para trás, corre para entrar no prédio.Não dá para ver direito quem é. O que me deixa ainda mais furiosa. Ainda no chão, vejo um aparelho celular caído. Ele deve ter deixad
Chego em casa e coloco minha roupa de corrida. Não sou de fazer muitos exercícios, mas Bia pretende ficar com o corpo definido e não quer fazer isso sozinha. Só corro para relaxar, já que não tenho ninguém para ver o resultado de tanto esforço. Mesmo sabendo que não deveria penssar dessa forma, penso.Não demora muito para que ela chegue batendo na porta do apartamento.— Vamos logo! Temos que correr o dobro hoje. Não resisti e comi duas fatias de torta. — avisou desanimada.— O quê? — Ela só pode estar alucinando. — Você quer me matar?— Deixe de ser sedentária! — Puxa o meu braço até me fazer passar pela porta.Mesmo não querendo correr tanto, saio de casa. Como estou com muita coisa na cabeça, usarei esse tempo para pensar em uma forma de fazer o gato arrogante pagar por ter me deixado no chão.Logo começamos a andar e, depois, a correr. Passamos por muitos lugares durante a corrida.— Então... O que fez hoje além de se sentar na frente de um computador para olhar números e coisas
Acordo cedo e nem tomo café. Depois do banho, coloco roupas que não são muito chamativas, pois nunca gostei de chamar a atenção para o meu corpo. Saio na rua e ando até o metrô com uma pequena caixa na mão. Dentro dela, está o celular. Descobrirei quem é o Ian antes do almoço e lhe entregarei o aparelho depois.A única pessoa naquela empresa que sabe até os segredos mais sujos dos chefões, é Ágatha. Ela é uma das secretárias dos executivos que ficam no topo do prédio. Se há alguém que sabe quem é o bonitão arrogante, é ela.Após sair do metrô, ando algumas quadras até o trabalho. Hoje ele não veio me derrubar. Que pena! Eu poderia xingá-lo pessoalmente. Terei apenas que imaginar sua reação ao ver o que fiz no seu celular. Além da capa de glitter rosa com enfeites que coloquei nele, baguncei os contatos e editei as fotos.Poxa! Será uma boa cena.Passo pela recepção, vou para o meu armário e coloco a caixa no fundo do espaço, com medo de que alguém me veja e me denuncie quando o telefo