O sol atravessava as cortinas, projetando sombras suaves pelo quarto. Eu estava deitada, encarando o teto, sentindo o calor do corpo de Damian ainda preso aos lençóis. Mesmo sem ter prometido nada, Damian não desapareceu como da última vez. Porém, sua frieza foi tão ruim quanto se o tivesse feito.
Nenhuma palavra, nenhum olhar, nenhuma despedida. Ele vestiu suas roupas e saiu do quarto, sem olhar nenhuma vez na minha direção. Me agarrei ao seu travesseiro, ainda quente do contato de sua pele, seu perfume amadeirado preso ao tecido.
Rolei na cama, puxando os lençóis contra meu peito, tentando afastar a onda de frustração e decepção que me dominava. Depois daquela noite insana que vivemos, Damian nunca mais fugiu. Nossas noites eram carregadas de desejo e intensidade, mas assim que o sol entrava pela janela, ele se levantava e saia do quarto, como se nada tivesse acontecido. Seu comportamento habitual também não havia mudado.
Saindo cedo e voltando tarde da noite todos os dias, a difere