G4
Thayla finge não me ouvir e coloca o misto-quente na minha frente.
— Já trago o café! — ela diz, seca.
Uma mordida no lanche e o café tá na minha frente.
Nos olhamos.
— Responde o que eu perguntei!
— O que foi, G4? Estou trabalhando!
— Tá trabalhando hoje, mas nos outros dias, sumiu!
— Você está me vigiando? — ela pergunta.
— Só responde, pô!
— Eu estudo, sabia? Não fico o dia todo nesse morro, não!
— Só quero entender por que você fugiu de lá, o que eu te fiz?
Ela olha para os lados e fala baixinho.
— Não está claro pra você?
— Se tivesse, eu não tava aqui perguntando.
— Eu me arrependi. Foi isso!
Ouvir aquilo me deu muita raiva, mas não ia pagar päu pra ela, não.
Dei mais uma mordida no misto-quente que coloquei de volta no prato.
— Seu irmão tá liberado pra entrar na Penha!
— Obrigada! — ela fala me encarando.
— Não é por você ou por ele, é pela Dona Célia que é gente boa!
Coloquei o dinheiro em cima do balcão e saí dali muito put0 por saber que ela se arrependeu.
Se a Thayla nã