Eu te amo, minha filha...
Edgar
Assim que cheguei ao corredor, avistei Helen e Otávio saindo do quarto da Jaqueline. Eles conversavam em voz baixa, e ao me verem se aproximar, abriram espaço com delicadeza. Entendi o gesto. Sabiam que aquele momento era meu. Helena, sempre atenta, lançou-me um olhar terno, cheio de compreensão. Atrás dela, o Alexandre vinha amparando-a pelo braço. Quando passou por mim, Helena sorriu de forma cúmplice, um sorriso que dizia mais do que qualquer palavra. Aquele sorriso me deu forças para entrar.
Abracei o Júlio e o Gustavo antes de abrir a porta. Meus filhos me apertaram forte, como se soubessem que eu precisava de um pouco daquele amparo antes de ver a Jaqueline. Respirei fundo e entrei.
Ela estava sentada na cama, pálida ainda, mas com um brilho nos olhos que eu jamais esquecerei. Quando me viu, seus lábios tremularam num sorriso suave.
— Por favor… vem aqui… — ela começou a dizer, mas a voz se quebrou.
Eu não consegui me conter. Fui até ela e a abracei com toda a força que exi