Rowan Callegari
Assim que cheguei em Nova Iorque depois de quase 30 anos morando no país onde nasci e cresci, me senti um pouco estranho, tanto pelo grande fluxo de pessoas quanto pela modernidade. Óbvio, tudo isso era previsto, a cidade era um ponto turístico incrível a 30 anos atrás, mas hoje está muito afrente do que pensei.
Olhando para além da janela do carro, consigo ver a multidão aguardando para atravessar a rua pela faixa de pedestres, o que me fez lembrar de um momento com a Mari que aquece meu coração sempre que me recordo.
Estávamos de mãos dadas, conversando sobre algum acontecimento do dia quando ela parou de andar de repente e me olhou fixamente. Lembro-me que parei de falar no mesmo momento e a olhei curioso. Ela sorriu lindamente para mim. As suas bochechas coradas naturalmente estavam ainda mais vermelhas e ela disse:
— Eu acho que quero viver desse jeito com você para sempre, Rowan.
Ao ouvir aquilo, lembro-me que sorri e entrelacei nossos dedos e rapidamente a