Amélia e Alejandro se olharam, atônitos pela inesperada interrupção de Dom Aurélio. O rubor nas bochechas de Amélia se intensificou enquanto ela tentava encontrar as palavras adequadas para responder.

Alejandro, por sua vez, lutava para conter um sorriso que ameaçava surgir, por ter sido descoberto, enquanto olhava para o rosto vermelho de sua esposa.

«Vovô...», Alejandro tentou dizer, mas antes que pudesse continuar, Dom Aurélio levantou uma mão, cortando-o.

«Vocês são uns sem-vergonha!», exclamou, agitando sua bengala no ar como se quisesse enfatizar suas palavras. «Não são adolescentes para ficarem se exibindo dessa forma pelos jardins desta casa. Eu jamais fiz isso!», ele acrescentou, com uma indignação que parecia mais teatral do que real.

Foi então que Amélia, apesar do desconforto do momento, não conseguiu evitar soltar uma gargalhada. Sua risada ecoou no jardim, clara e despreocupada, surpreendendo tanto Alejandro quanto Dom Aurélio.

«Do que você está rindo, menina? Está zomba