O trajeto para o trabalho lhe pareceu eterno a Amelia, cada batida de seu coração era um lembrete da linha tênue que ela estava a ponto de cruzar. A mistura de medo e esperança lhe revirava o estômago, mas era o pensamento de Anaís o que a mantinha firme. Sua menina era a única coisa que importava. Quando ela chegou à imponente sede da empresa, ela parou na entrada, sua mão tremeu ligeiramente ao tocar a fria porta de vidro.

Ela respirou fundo, como se tentasse inalar a coragem que ela tanto precisava. Um passo, depois outro, e finalmente, ela se sentou em sua mesa. Mas embora ela tentasse se concentrar, as imagens de sua filha a inundavam como um rio transbordado, a levando a uma maré de desespero.

Não foi senão até que seu chefe, Martin, a chamou por seu nome várias vezes que ela voltou à realidade.

«Amelia... Amelia, você está me ouvindo?», a voz de Martin era uma mistura de impaciência e curiosidade.

Ela se assustou, o rosto empalidecendo ligeiramente ao perceber sua distração.

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