— Não me importa o que as pessoas pensam. Disse ele, ignorando a declaração da mãe.— Você pensa assim, por enquanto, filho, mas quando toda a verdade te atingir e você perceber tudo o que perdeu e tudo o que perderá se continuar sendo um idiota, então você desejará não ter feito tantas coisas estúpidas. Só rezo para que Ethmar não herde a sua inteligência, meu Deus. Ela respondeu com raiva.— Ethmar? Quem é Ethmar, mãe? Ele perguntou intrigado. — Mãe. Ele disse novamente, mas do outro lado da ligação a voz de sua mãe não pôde ser ouvida. — Mãe. Ele insistiu, mas não obteve resposta. Ele encerrou a ligação e discou o número da mãe, mas o som saiu abafado. Por um momento ele ficou preocupado, mas depois se acalmou ao lembrar que normalmente o celular da sua mãe estava descarregado.Ele saiu do estacionamento e foi dirigindo para o trabalho. Mais tarde, ele ligaria para sua casa para terminar de falar com ela e ela poder lhe explicar: quem era Ethmar?.....— Meu Deus, o que eu fiz? Ame
Marian trocou de roupa, pegou sua bolsa e se preparou para sair.— Aonde você vai, Marian? Olivia perguntou.— Vou encontrá-la. Eu respondi. — Por favor, cuide do Ethmar. Eu disse enquanto dava um beijo na testa do bebê e então me despedia de Olivia.Eu sai para a rua, parei um táxi, entrei e imediatamente lhe dei o endereço da mansão Davis.De onde eu morava até a casa da Amelia, havia uma rota direta que geralmente era a mais usada, então eu pedi ao taxista para pegá-la.Poucos quilômetros à frente, a luz das sirenes me alertou.— O que está acontecendo? Eu perguntei assustada.— Parece que houve um acidente. Respondeu o motorista do carro, parando, já que a fila de carros o impedia de seguir em frente. Assim que o carro parou, eu praticamente me joguei para fora. Eu até esqueci de pagar o simpático motorista.Eu corri aterrorizada, passando pelos carros estacionados, sentindo o meu coração batendo forte, como se o mesmo medo que me dominou um momento antes estivesse de volta na min
O toque insistente do seu celular o alertou. Ele não tinha vontade de responder, principalmente se estivesse com a sua amante, mas o fato de o interlocutor ser tão insistente despertou sua curiosidade.— Você vai mesmo atender? Perguntou a mulher indignada, seminua e sentada no colo de Alden Davis.— Pode ser algo importante. Ele respondeu, enquanto tirava o celular do bolso do paletó e percebia que era seu filho. — Olá. Ele respondeu, com certa irritação na voz.— Pai, a minha mãe sofreu um acidente e está hospitalizada no Jackson Memorial. Disse Ethan, gaguejando.— Ela está bem? Ele perguntou.— Eles só me disseram que o estado dela é delicado, não sei de mais nada, pai. Declarou Ethan.— Estou a caminho. Ele respondeu, pouco antes de encerrar a ligação.Alden imediatamente se levantou, pegou o paletó de seu caro terno italiano, vestiu-o, abotoou-o e se aproximou da mulher, que até pouco tempo estava de pé diante dele, para se despedir.— E você vai embora? Disse a mulher.— Precis
— Simplesmente ignore-a, não vamos nos criticar por uma... mulher como essa. Concluiu Isa, num tom de voz cheio de desprezo.Marian apenas revirou os olhos antes de se sentar novamente no mesmo lugar em que estivera todo esse tempo. Para ela, o tempo começou a passar muito devagar, ela queria ir para casa ficar com o seu bebê, mas não se sentia bem, indo embora sem saber do estado de Amélia. A sua ex-sogra tinha sido um anjo para ela e o seu bebê, então agora ela tinha que deixá-la bem, mesmo que isso significasse ter que ficar ali com essas pessoas.Ela pegou um telefone e mandou uma mensagem para Olivia para saber mais sobre Ethmar. Quase imediatamente a mulher respondeu que ele estava dormindo, o que a tranquilizou.Algumas horas depois, o mesmo médico que havia passado os relatórios apareceu novamente. Imediatamente, Alden, Ethan e Isa se aproximaram do homem, que parecia um pouco cansado, pelo menos foi o que pensou Marian, que dessa vez teve tempo de notá-lo, algo que não havia
Ele pegou um táxi para chegar ao hospital o mais rápido possível. O seu coração estava acelerado, e o telefonema do Dr. Miller a deixou um tanto preocupada. Foi definitivamente bom que Amelia tivesse acordado, mas no tom de voz dele... Ele percebeu preocupação e ela não gostou disso. Ela saiu do táxi depois de pagar a corrida e praticamente correu pelo longo corredor.De longe, ela viu a figura do Dr. Miller, que parecia estar esperando por ela.— Olá. Ele disse, parando na frente dela.— Olá. Respondeu Marian, um tanto agitada.— O que está acontecendo? Ela questionou, com o coração na boca.Kevin soltou a respiração que havia prendido e, gesticulando com a mão, convidou-a a sentar-se em uma das cadeiras da sala de espera, o que deixou Marian ainda mais nervosa.— Por favor, fale. Ela disse, quase implorando.— A primeira coisa que você deve saber é que Amélia acordou um tanto confusa, mas no meio disso ela mencionou você e alguém chamado “precioso”. Disse ele, intrigado.O rosto de
— Vamos nos acalmar, por favor. Interveio Ethan. — Você e minha mãe têm se visto? Ele perguntou, olhando para Marian.— É isso mesmo. Ela respondeu confiantemente.— E quem é essa precioso? Ele perguntou, sério.— Uma pessoa por quem ela se importa profundamente. Acrescentou Marian.Ethan não ficou satisfeito com a resposta, mas não queria colocar mais lenha na fogueira.— Quando a minha mãe vai recuperar a memória? Ele perguntou, agora olhando para Kevin.— Isso é algo que não podemos saber. Respondeu o homem, mantendo o olhar em Marian. — Se você quiser, eu ligo para o neurologista para que ele possa lhe explicar mais detalhadamente. Ele acrescentou.— Sim, por favor. Respondeu Ethan.Isa não abriu a boca novamente, ela não ia correr o risco de aquele homem mandá-la embora e acabar deixando Ethan sozinho com Marian, naquele lugar.— Vou voltar para perto da Amélia. Anunciou Marian. — Mas também gostaria que o neurologista me explicasse, por favor, Kevin. Disse Marian.— Não se preoc
Exatamente uma semana se passou desde que Amélia sofreu o acidente. Olivia, Angie e Marian se revezam cuidando dela, já que Amelia não permite que Alden ou Ethan ficassem com ela.— Amelia pode ir para casa agora. Disse Kevin, parado na frente dos Davis e Amelia. — Como você deve ter notado, ela ainda não tem memória, mas, fora isso, ela está em ótimas condições físicas.— Como vamos levá-la? Ela nem nos deixa ficar e cuidar dela, muito menos aceitar ir para casa conosco. Declarou Ethan preocupado.— Bem, teremos que forçá-la. Declarou Alden seriamente.— Amélia precisa se sentir segura, em um ambiente familiar que lhe permita, apesar da amnésia, integrar-se gradualmente à sua vida. Expressou Kevin, irritado. — Forçá-la a fazer alguma coisa pode deixá-la nervosa, o que só vai piorar tudo.— Bem, em sua inteligência infinita, diga-nos o que temos que fazer. Disse Alden em tom cínico.— O ideal seria que Amelia pudesse ficar com Marian e a sua família enquanto se recupera. Disse Kevin.
— Então você é o precioso? Disse Kevin, enquanto olhava para o lindo bebê que Marian orgulhosamente segurava em seus braços.— Sim, este é o homem da casa. Respondeu a mãe orgulhosa.— Bem, precioso combina com ele. Kevin acrescentou, divertido.— Posso carregá-lo? Ele perguntou.— Claro. Ela respondeu enquanto se aproximava para entregar a ele.Como um especialista, Kevin pegou o bebê nos braços, sob o olhar atento da mãe.— Quem é seu pediatra? Ele perguntou interessado.— Dr. Marshall. Ela respondeu.— Eu não a conheço, mas temos os melhores profissionais no hospital. Se você quiser, pode levá-lo a alguém de lá. Disse ele, sério.— Vou pensar sobre isso. Ela acrescentou.— Basta me avisar e eu mesmo marcarei a consulta. Disse ele.Eles conversaram por mais um tempo e então ele devolveu o bebê para ela, porque era hora de ir embora. Marian parecia um pouco cansada e ele não queria incomodar ninguém.— Obrigada pelo jantar e por me trazer para casa. Disse ela, um pouco envergonhada.