Capítulo 56Na manhã seguinte, o casal Avelar chegou à empresa juntos. Patrícia usava um terninho elegante, discreto, e os cabelos estavam presos num coque charmoso. Augusto, sempre impecável, conduzia a esposa pelo saguão como se fosse um ritual silencioso de parceria. Eles conversavam sobre os planos para o dia enquanto esperavam o novo CEO chegar no escritório.Mario, o assistente, apareceu à porta com uma expressão cordial e um leve toque de entusiasmo.— O CEO já chegou, senhor Avelar.Augusto assentiu, se levantou e ofereceu o braço para Patrícia, que aceitou com um sorriso leve.Caminharam juntos até a sala de reuniões. Quando a porta se abriu, os dois entraram, mas o que encontraram do outro lado causou uma pequena surpresa: Lorenzo estava ali, impecável num terno cinza, olhando diretamente para eles com um sorriso confiante.Patrícia piscou algumas vezes, surpresa. O choque ao reconhecê-lo foi imediato. Seu estômago deu um leve nó. O homem com quem havia dividido uma breve co
Capítulo 57Patrícia ajeitava-se na poltrona ao lado de Augusto. O conforto do assento não impediu o leve aperto em seu peito. Ela olhou pela janela, vendo a cidade abaixo se afastar devagar enquanto a aeronave ganhava altura.Suspirou profundamente.— Já estou com saudades — murmurou, mais para si mesma do que para ele.Augusto a olhou com ternura e pegou sua mão.— Foi uma viagem especial… Mas temos o nosso lar nos esperando.— Eu sei. É só que... me senti diferente aqui. Livre, leve, como se o tempo tivesse desacelerado — ela disse, recostando a cabeça no ombro dele. — Foi tudo tão bom, mesmo com algumas surpresas.Ele sorriu e beijou os cabelos dela.— É, até as surpresas fizeram parte. E a melhor delas é saber que a gente continua forte. Que nada nos abala por muito tempo.Ela sorriu em silêncio e fechou os olhos por alguns minutos, sentindo a vibração suave do avião e o calor do toque dele.***Horas depois, o jatinho aterrissou discretamente no aeroporto reservado. Já na pista,
Capítulo 58O sol da manhã se infiltrava suavemente pelas frestas da cortina. Patrícia acordou com a sensação de leveza, apesar da dor de cabeça da noite anterior ainda estar um pouco presente. Ao se espreguiçar, sentiu o cheiro suave do perfume de Augusto no travesseiro ao lado. Sorriu, mas ao olhar para o relógio, percebeu que ele já havia saído.Desceu as escadas e encontrou um bilhete deixado por ele no escritório:“Bom dia, meu amor. Fui à empresa com o Rafael. Te amo. Nos falamos mais tarde.”Ela tocou o papel com carinho, depois terminou de se arrumar e pediu ao mordomo para chamar o motorista, ainda estava com dor de cabeça para dirigir. Ia visitar o avô no hospital, fazia tempo que ansiava por vê-lo acordado e, agora, finalmente teria esse momento.O trajeto até o hospital foi tranquilo. Quando chegou, sua mãe já estava na recepção esperando por ela. Abraçaram-se forte.— Está linda, minha filha. — disse a mãe, com um sorriso orgulhoso.— E você parece mais aliviada… como ele
Capítulo 59Enquanto isso, na Itália, Estela andava de um lado para o outro, ansiosa. O celular estava em sua mão, e ela aguardava ansiosamente por uma atualização do hacker que havia contratado.O aviso de mensagem chegou com um bip agudo. Estela rapidamente desbloqueou a tela, os olhos devorando as palavras:"O casal Avelar embarcou ontem pela manhã. Já estão de volta ao Brasil."O rosto dela ficou lívido por um segundo. Depois, o sangue subiu em sua cabeça como uma chama acesa. Ela arremessou o celular contra a parede com um grito estridente. A tela se estilhaçou ao bater no chão, mas Estela nem ligou.— Eles voltaram? Como assim eles voltaram?! — gritou, arrancando os grampos do próprio cabelo, enquanto andava em círculos como uma fera enjaulada.Começou a rir, um riso nervoso, desequilibrado, como se estivesse à beira de um colapso.— Isso não é possível... não é possível... tudo o que fiz, todo o esforço... e eles continuam juntos! Felizes! Como se nada tivesse acontecido!Atiro
Capítulo 60Rafael já se preparava para sair do escritório do pai quando o celular vibrou no bolso. Ele olhou a tela e franziu o cenho ao ver o nome do advogado.— É o doutor Alcides Mendes... — murmurou, levantando o telefone para mostrar ao pai.Augusto assentiu com a cabeça, observando o filho atender a ligação.— Alô? Doutor Mendes, boa noite.— Boa noite, Rafael. Desculpe ligar a essa hora, mas achei melhor você saber o quanto antes.Rafael sentiu um frio no estômago.— O que aconteceu?— Estela. Ela causou um tumulto no aeroporto de Roma e foi levada ao hospital sob custódia policial. O relatório médico indica um possível surto emocional.— O quê?! — Rafael arregalou os olhos, e Augusto se endireitou, atento ao tom da conversa.— Ela tentou embarcar para o Brasil. Estava fora de controle, gritando, discutindo com funcionários, falando coisas desconexas. A segurança interveio, e por orientação médica, ela foi levada para uma avaliação psiquiátrica.— Isso é sério, doutor?— Muito
Capítulo 61Na manhã seguinte, Patrícia estava deitada, com os olhos abertos, observando o teto enquanto processava os últimos acontecimentos. A cabeça ainda doía um pouco, mas nada comparado ao desconforto da noite anterior.Augusto entrou no quarto em silêncio, com uma bandeja nas mãos: suco natural, frutas e um pão fresco.— Bom dia, amor — disse com um sorriso gentil, pousando a bandeja ao lado dela. — Como você está se sentindo hoje?Ela se ajeitou nos travesseiros e suspirou.— Um pouco melhor... A dor de cabeça diminuiu. Obrigada por cuidar de mim ontem.Ele sentou-se na beira da cama e tocou suavemente sua perna por cima do cobertor.— Você é minha esposa, Patrícia. Não existe nada mais importante pra mim.Ela sorriu, emocionada, e tocou sua mão.— Às vezes eu esqueço que você também tem seu lado doce.Augusto riu.— Só com você.Enquanto tomava o café, eles conversaram sobre a programação do dia. Augusto planejava ir cedo para a empresa, algumas reuniões pendentes, mas queria
Capítulo 62Augusto permaneceu ao lado da cama, observando Patrícia dormir. Ele passava os dedos de leve pelos cabelos dela, como se aquele simples gesto pudesse protegê-la de tudo.A porta se abriu suavemente, e a médica retornou com uma prancheta em mãos e um semblante atento.— Senhor Avelar? — ela chamou baixo, sem querer incomodar.Ele se levantou, indo até ela no canto do quarto.— Sim, doutora. O que houve? É algo grave?Ela olhou para a prancheta, depois para ele, com um meio sorriso.— Nada muito alarmante... mas importante. Os exames mostraram que a queda de pressão pode estar relacionada a algo específico: sua esposa está nas primeiras semanas de gestação.Augusto arregalou os olhos, a surpresa tomando conta de todo o seu corpo.— Patrícia está... grávida?— Sim. Pouquíssimas semanas, por isso ainda não apresentou todos os sintomas clássicos. Mas a queda de pressão e o leve mal-estar são sinais bem comuns nesse início. Vamos repetir os exames nos próximos dias para acompanh
Capítulo 63Patrícia mergulhou em um sonho encantado, como se vagasse por um conto de fadas. Ao longe, um castelo imponente se erguia contra montanhas nevadas, refletindo-se nas águas serenas de um lago. A curiosidade a puxou para frente, os passos leves sobre a grama macia, enquanto imaginava segredos escondidos naquelas torres... Mas, de repente, seus pés pararam. O corpo ardeu, um desejo profundo queimando por dentro. A paisagem desbotou, a escuridão a envolveu, até que, com um suspiro, seus olhos se abriram. Ela estava deitada, o teto familiar acima dela, os gemidos escapando de seus lábios antes mesmo que percebesse. Quando baixou o olhar, viu os fios prateados do cabelo de Augusto entre suas pernas, seus lábios habilidosos devorando-a com uma fome que a deixava tremendo. Cada volta da língua, cada sucção certeira em seu clitóris a levava mais perto do êxtase. Seus quadris arqueavam, os dedos se enterravam nos cabelos dele, ela não aguentaria por muito mais tempo. — Aug