Ela estava debaixo da ducha, lavando o cabelo e se livrando da sujeira que se agarrava a sua pele. Tinha hematomas nos braços e nas costelas, onde a tinham agarrado. O corte na sobrancelha parou de sangrar, mas ainda parecia doer. Apertei meu o peito nas suas costas e passei meus braços pela sua cintura.
― Tem certeza que está bem? Posso chamar um médico para te examinar.
Afastei seu cabelo do rosto e lhe dei um beijo na têmpora.
― Kali, estou perfeitamente bem.
Virou-se e entrou debaixo da ducha para enxaguar a espuma do cabelo.
― Não é vergonhoso admitir que você precisa de ajuda. Um médico poderia prescrever algo mais forte do que paracetamol.
— Pare de me tratar como se eu fosse de porcelana. Eu posso dobrar, mas não quebro.
Ela saiu debaixo d'água e torceu a água do cabelo. As gotas caíam pelo ralo e o cabelo úmido pendurava-se sobre um ombro. Minha preocupação nunca desapareceria. Ela merecia uma vida livre de dor e preocupações.
Só tinha de se preocupar com o que vest