Coço os olhos cansado. Minha rotina não está sendo fácil. Cuido de Bibi sozinho, e depois que Liandra fez com ela, não confio em ninguém para cuidar da minha bebê. Se ao menos, minha loira, estivesse comigo...
Vejo a hora. Está bem tarde. Tiro os pratos, e os talheres do jantar da mesa. Lavo a pilha de louça que se formou. Não gosto de deixar nada para amanhã, se não tenho que lavar com água extremamente gelada, e ninguém merece isso.
Acabo de lavar tudo, seco a mão, e vou até o quarto da minha filha. Ainda está acordada, olhando o teto.
-Porque ainda não dormiu?
-Num conxigo.
Fecha os olhos que vai conseguir. Lembro que minha mãe falava isso para mim. Sempre ficava com raiva. Como se fosse simples.
-Tenho medo dos pesadelos.
-Eles não vão te atingir se você pedir a papai do céu para eles não virem. Eles não virão.
Concorda.
-Vamos rezar.
Ela sai da cama. Larga o mingau na mesma. Se ajoelha, deixando os cotovelos apoiados no colchão e faço a mesma coisa que ela fechando os olhos.
Reza