A resposta de Jorge chegou num piscar de olhos: [Por quê?]
Isabela suspirou, imaginando que Jorge provavelmente desconhecia os burburinhos que corriam pelo escritório. Se ela mesma não tivesse captado aquelas conversas por mero acaso, estaria completamente alheia à situação. Não suportaria ver o nome dele envolvido em fofocas por sua causa.
Embora soubesse que quem não deve não teme, reconhecia o poder devastador dos burburinhos. Como profissional com ambições, ainda almejava crescer na empresa. E aqueles comentários maldosos sugerindo que havia conquistado a promoção vendendo o próprio corpo só ganhariam força com o passar do tempo.
Encarou a mensagem no celular e, após alguns instantes de reflexão, ela digitou: [Acho que não estou preparada ainda. E, sinceramente, uma promoção tão acelerada foge das normas do escritório.]
[Entendi.]
Com um gesto lento, Isabela retirou o crachá que havia acabado de pendurar no pescoço. Apesar da decepção palpável, ela se encaminhou ao departamento de