Capítulo 15

Sara acordou com o toque insistente do celular. A música alta preenchia a sala silenciosa, aprofundando a dor de cabeça. Os músculos também demonstravam o desagrado por ter dormido no chão. O dia tomava forma, através do sol vindo da janela aberta. Aos passos trôpegos, levantou-se sem preocupação com a toalha caída ou o corpo gelado. Caminhou até a roupa da noite anterior e buscou o aparelho no bolso da calça.

Mesmo com os olhos inchados pelo choro, identificou o intruso. Castelo havia lhe telefonado algumas vezes, assim como Igor, Jonas e Teresa. Ótimo, virei o assunto do momento, ela balbuciou. Recusou a ligação e enxergou seu reflexo na tela preta da televisão. Sua imagem não estava melhor do que a bagunça que ainda a atormentava.

Havia alternativas, ela imaginou. Continuar com a lamentação, fugir de tudo ou de todos, ou seguir o conselho do avô. Exaurida e sem forças para chegar a uma conclusão saudável, optou por um banho.

Após um asseio rápido, regresso

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