Encontrei as palavras corretas para começar e contei-lhe tudo, pedindo que ela apenas me escutasse e só tirasse suas conclusões quando terminasse, e assim ela o fez. Percebia suas reações pelos olhares arregalados, pela mão que levava a boca de vez em quando, enquanto a outra apertava as minhas como se quisesse me consolar e me dar forças para continuar. Quando terminei, ficamos alguns instantes em silêncio até que ela enfim falou:
— Como você conseguiu segurar isso tudo sozinha, minha irmã? Não sei se conseguiria se fosse comigo! Você foi e é muito forte!
— Obrigada, irmã! Estou muito feliz por ter lhe contado. Queria fazer isso há muito tempo, só não consegui. Desculpe-me por isso.
— Não precisa desculpar-se. Imagino como é difícil para você ter que falar sobre isso. Entendo!
— Que bom! Obrigada por me ouvir, Bethany. Guarde isso em segredo, por favor! Assim que eles retornarem, pretendo conversar com eles abertamente sobre tudo.
— Com eles, com os dois juntos? V