Alex
Assim que adentro a minha cobertura, a encontro mergulhada em um mar de silêncio que é quebrado apenas pelo som das minhas pegadas firmes riscando o piso de mármore polido. Com a minha cabeça povoada em questionamentos distorcidos começo a andar em círculos pela ampla sala de estar, que tem as janelas abertas, deixando entrar o vento morno da madrugada. A cidade lá embaixo pulsa em vida, indiferente à inquietação que me domina.
— Qual é o seu maldito problema? — resmungo irritadiço.
A voz arranhando a minha garganta. Contudo, vou até o bar de canto e sirvo uma dose tripla de uísque. —
Eu aceitei todas as exigências ridículas daquele contrato. Um ano inteiro preso a uma união forçada. Sem uma cama aquecida. Sem o seu toque ou a ilusão de que o nosso amor pede ser reconstruído. Debaixo do