Mundo de ficçãoIniciar sessãoO primeiro tiro rasgou o silêncio como um grito primal. A madeira apodrecida da porta se partiu com um estalo seco, uma ferida aberta no peito da noite.
Instintivamente, me agachei com Donatella.Nossos corpos lado a lado.Nossos corações pulsando no mesmo compasso de guerra.Ela me puxou para trás da estante tombada com precisão. O toque dela era firme, o olhar de quem já sobreviveu a emboscadas que viram lendas entre assassinos.— Eles vão tentar incendiar tudo — murmurou, os olhos farejando estratégia como uma predadora em campo minado. — Querem nos tirar como ratos da toca.— Que tentem. — cuspi, enquanto outro disparo explodia a janela. Vidros voaram como estilhaços de raiva. Donatella se moveu. Rápida. Letal. Um fantasma vestido de fúria.Bang. Um grunhido abafado. Corpo caído lá fora, a terra molhada aceitando mais um cadáver.— Um a menos — disse ela, sem emoção. Contava inimigos como quem conta segundos: esperando a próxima morte chegar.






