Brianna Meu dia no trabalho com o senhor Michael foi mais do que proveitoso... Vê-lo atuar naquele tribunal, com aquela postura firme e voz que prendia a atenção de todos, me fez admirá-lo profundamente. O homem é brilhante no que faz, e eu não podia negar que estava impressionada. Enquanto organizava os arquivos em meu computador, uma vontade adormecida despertou dentro de mim: voltar a estudar Direito. Lembrei do meu amor... ele teria ficado tão feliz em me ver formada. Sempre se culpou pela minha desistência, mesmo eu dizendo que não era culpa dele. Cuidar dele e do nosso filho sempre foi a minha maior prioridade. Eu vou terminar esse curso, meu amor. Por você. Prometo que terá orgulho da mulher que amou. Quantas saudades... A verdade é que, depois de tantos anos, a dor não diminuiu. Ainda sinto falta do meu marido e do meu pequeno príncipe. Uma ausência que nunca será preenchida. Não importa quantas primaveras passem, nada vai apagar o que foi arrancado de mim. Sorri sem g
Michael Estava no meio de um sonho maravilhoso, daqueles que a gente não quer acordar nunca, quando meu celular tocou. — Inferno! — resmunguei, virando de lado, tentando ignorar a vibração irritante do aparelho. Eu estava fodendo com três gostosas. Três! Aquilo era coisa que a gente agradece ajoelhado. E alguém teve a audácia de me tirar desse paraíso? Peguei o celular de mau humor, os olhos ainda semicerrados, e atendi sem olhar quem era. — Alô? — minha voz saiu rouca de sono e frustração. — Fala, seu puto! — ouvi a voz animada do Nathan. — E aí, vai vir, né? Sua amiga vem? Espero que sim! A Helena quer muito conhecê-la. Demorei dois segundos para entender o que ele estava falando. Quando caiu a ficha, a raiva subiu. — Porra, cara! — grunhi. — Você me tirou de um sonho onde eu estava quase gozando só pra falar da sua gata selvagem? Vai procurar o que fazer! — rosnei, a cabeça ainda mergulhada nas imagens deliciosas que foram destruídas pela ligação. — A festa é semana que vem
Lina Minha vida, pela primeira vez, parecia maravilhosa. Parece loucura dizer isso, depois de tudo que vivi… Mas eu estava genuinamente feliz. Claro, tirando o fato de que o irmão da Brianna simplesmente não saía da minha cabeça nem por um segundo sequer. E isso era estranho. Muito estranho. Nunca me aconteceu antes. Nunca mesmo. — Ah, por favor, Lina! — resmunguei para mim mesma, ajeitando o lençol sobre o sofá da sala. — Você só teve um homem agressivo na vida... e ainda assim... — balancei a cabeça. — Melhor nem lembrar do outro. Melhor esquecer que ele sequer existiu. Minha pequena vida amorosa sempre foi um desastre. Nunca teve essa história de ficar pensando vinte e quatro horas por dia em alguém. Quando me envolvi pela primeira vez, mal conhecia o sujeito. Se eu soubesse o que o destino tinha reservado, jamais teria aceitado sair daquela primeira vez. Teria corrido. Mas não, eu precisava aprender da pior maneira. Namorei. E, com o namoro, veio mais dor. Caramba... O
Rodrigo A viagem surgiu de última hora, e sinceramente, foi a melhor desculpa que poderia ter. Eu precisava fugir da casa da minha irmã. Fugir dela. Lina. A mulher que virou meu inferno particular desde o momento em que a vi. Morena linda, corpo escultural, olhar inocente. Me destruiu por dentro só com uma passada despretensiosa no corredor. Inferno… Nem sei o que é isso que estou sentindo. Mas sei que está me deixando louco. Louco e duro. Estou num avião, indo para uma operação séria com a equipe… e minha mente está suja. Suja de Lina. Só consigo pensar na forma como ela me olhou — assustada. No jeito que ela tremia quando cheguei perto. Como se eu fosse um monstro. E isso me revolta. Não por ela ter medo… Mas por alguém já ter feito ela se sentir assim. Minha irmã me contou o suficiente. Aquele desgraçado que bateu nela... Se um dia eu encontrar esse covarde, juro por Deus, vai implorar por misericórdia. Homem que b**e em mulher não merece nem o ar que respira.
Rodrigo Existem dores que a gente não consegue explicar. Dores que se instalam na alma e nos corroem em silêncio. Por fora, eu parecia bem. Um homem de negócios, racional, firme. Mas por dentro… eu estava desmoronando. O luto pelo meu sobrinho e o sofrimento da minha irmã me destruíram. Eu não conseguia mais ser o irmão presente, o profissional produtivo… muito menos o homem que já fui um dia. Tentei fingir que dava conta, que conseguiria seguir em frente com a força que todo mundo esperava de mim. Mas a verdade? Eu estava afundando. Foi nesse caos que um amigo me levou, quase à força, até o clube BDSM. — Vai lá, Rodrigo. Pelo menos vê com os próprios olhos antes de julgar. Eu fui… e encontrei algo que não esperava: paz. O mundo BDSM me deu estrutura, regras, controle. Me deu poder num momento em que eu estava impotente. Me ensinou que dominar não é humilhar, e sim conduzir. Me fez enxergar que existe prazer até na dor — desde que ela venha com respeito e desejo mútuo. Na minha
Brianna “Semana que vem é a festa!” A frase ficou martelando na minha cabeça desde o momento em que confirmei a presença com Michael. Preciso comprar roupas para Lina e para mim, já que Claire deu pra trás de última hora, dizendo que “não tem mais idade para isso”. Ah, francamente... Às vezes acho que ela se esquece que ainda tem sangue correndo nas veias. Mas tudo bem. Isso não vai me impedir. Saindo do trabalho hoje, vou direto ao shopping. Tem um a poucas quadras do escritório e deve ter algo bonito o suficiente — e acessível, claro. Hoje ainda é segunda-feira, o que por si só já seria um bom motivo para meu humor estar meio morno. Mas... meu chefe estava especialmente bonito. De novo. Olha, eu juro que não é proposital. Mas como não notar aquele terno impecável, os cabelos bem penteados e o perfume amadeirado que invade o ambiente toda vez que ele passa perto de mim? O problema é que estou começando a notar demais... e isso não é nada bom. Quer dizer, é sim. Porque ele é lind
Michael Estou lascado e mal pago. Aquela mulher está me deixando completamente fora de mim... e olha que isso nunca aconteceu antes. Não é possível que eu tenha inventado que queria ir ao shopping só para ficar mais tempo perto dela. Que tipo de homem inventa desculpa pra ver uma mulher que, teoricamente, não pode ter? Fiquei louco. Só pode. Nunca precisei fingir nada pra ter mulher. Sempre foi fácil demais. Um sorriso, um convite sutil, e pronto... cama, prazer e adeus. Mas com ela… não consigo nem pensar direito. Preciso ir urgente na Model. Lá, as modelos desfilam quase nuas e, talvez, alguma delas me ajude a esquecer essa maldita obsessão. Quero apagar essa imagem da minha mente, esse corpo, esse cheiro, esse olhar que me persegue até nos sonhos. Preciso foder até meu corpo implorar por descanso. Porque o que estou sentindo não é normal. Não é saudável. Fecho os olhos e me vejo transando com ela, forte, intenso, como se o mundo fosse acabar naquela cama. Escuto seus gemidos,
Lina A senhora Brianna não me mostrou o vestido que irei usar na festa...Não sei o tipo de roupa que ela comprou para mim e não sei o que eu vou usar... Espero que não seja um vestido que fique muito curto, pois eu não gosto de usar roupas muito curtas, só que há um problema se ela comprou vou ter que usar e não poderei reclamar. Depois dela me convencer, expliquei que era para comprar um vestido comportado, nada muito extravagante já que eu nem queria ir nessa festa de rico... Eu nunca fui em uma festa de rico... Festa de grã-fino.... Eu nunca nem usei um salto alto quem dirá uma roupa bonita e elegante.Eu não sei como é que vou me comportar nessa festa de tanta gente grã-fina, tudo bem que Brianna falou que iria estar ao meu lado sempre e que Helena era uma pessoa simples e que vamos nos dar bem.Eu espero!Michael contou um pouco da história da Helena para ela e ela me contou tudo muito animada para o meu gosto. Estou sentindo que minha patroa está gostando desse Mich