Luiza
— Vamos sair hoje, daqui há… qual seu horário de saída mesmo? — Inacreditável, Don estava me perturbando até onde estou trabalhando, só me questionei “a mando de quem?”
— Não vai dar. Vou dobrar o turno, preciso de grana e não posso gastar.
— Mas você não vai gastar. A verdade é que eu preciso de umas dicas pra saber o que eu fiz, sua amiga tá me ignorando e eu nem sei o motivo. Isabella é difícil pra caramba. — Sim, ela era.
— Isso não parece estranho? Eu e você saindo, como quem não quer nada? Você é tão perturbado quanto seu amigo.
Isso soou tão ridículo, que eu o deixei falando sozinho e voltei ao meu trabalho. Faltava menos de uma hora para meu expediente acabar, mas seu Jorge me perguntou se eu queria trabalhar a noite também, até que ele encontrasse outra funcionária, pois a última pediu demissão. Então, mesmo que eu quisesse, seria impossível aceitar isso.
— Eu quero uma cerveja e sua resposta. — Peguei a cerveja, abri a tampinha e deslizei a garrafa no balcão, até