Entre um intervalo e outro, corria para recuperar o fôlego saindo da gira para beber um copo dágua. A cada pausa, observava o intenso movimento dentro e fora do salão.
Procurei por mamãe e a vi sentada acompanhando os trabalhos da casa, enquanto Diogo não cessava no atabaque juntamente com os outros curimbeiros.
Fiquei perplexa, ao me deparar com mais ou menos duzentas pessoas que entravam e saíam constantemente da assistência, e que eram atendidas pelos médiuns incorporados.
Um fluxo frenético de energia.
A escada que dava para o salão, estava abarrotada de pessoas aguardando consulta com a malandragem.
Era impressionante como a procura pelo atendimento havia dobrado de número.
Com mamãe, não foi diferente.
Ela aguardava o número de sua ficha ser chamado por algum cambono. Médiuns que ajudavam dentro do terreiro, auxiliando os comandantes.
Eram eles, os verdadeiros responsáveis pela organização durante toda a gira.