Percebendo o tom de cobrança na voz de Figgo, o olhar de Abelo ficou ainda mais frio.
— Desta vez foi só um imprevisto. Na próxima, eu farei um plano perfeito. — Explicou Abelo.
Se não fosse por aquele acidente de carro que o deixou em coma por tanto tempo, esse plano já teria sido executado há tempos, e Alberto não teria encontrado nada.
— Eu sempre confiei na sua capacidade, espero que não me decepcione. — Disse Figgo.
Abelo soltou uma risada sarcástica:
— Pai, seu segundo filho e o bastardo já estão mortos. Agora, mesmo que você tentasse ter outro herdeiro para a família Timelo, já seria tarde demais. De agora em diante, não preciso de seus conselhos sobre o que devo ou não fazer. Se acha que estou errado, faça você mesmo.
Figgo franziu a testa, sua voz soando ainda mais fria:
— O que você quer dizer com isso? Eu sou seu pai. Será que eu não tenho o direito de lhe dar um conselho? Não pense que só porque você foi para Cidade C, eu não tenho mais controle sobre você.
— Claro que não.