— Renata... Não vá embora ainda. Espere até o neurologista terminar de examinar a Lígia. Se ela estiver mais calma, você poderá passar um tempo com ela. — Disse Lorenzo.
Renatta balançou a cabeça, recusando:
— Não, eu volto outro dia para vê-la.
Lorenzo percebeu que algo estava errado. Ele segurou sua mão antes que ela pudesse sair:
— Você está pensando em ir atrás do Abelo, não está?
— Não... Eu só preciso de um tempo para me acalmar.
No instante em que as palavras saíram de sua boca, Lorenzo, com a voz fria, insistiu:
— Então olhe nos meus olhos.
Renatta hesitou, suas mãos se fecharam em punhos. Só depois de longos segundos, ela finalmente levantou o olhar para ele.
— Eu juro, não estou planejando ir atrás do Abelo.
— Você está mentindo!
Ela mordeu o lábio, desviando o rosto:
— Lorenzo, você pode, por favor, parar de se meter na minha vida? Eu sou uma adulta. Sei muito bem o que estou fazendo.
— A Lígia já está assim... Eu não quero que você corra mais riscos.
Renatta respirou fundo: