Ao voltar para casa naquela noite, Alberto sabia que teria que lidar com Cristina de novo. Claro, ele entendia que ela só queria o seu bem, então pedir desculpas era o mínimo que ele poderia fazer.
Renatta alcançou Cristina quando ela estava prestes a sair de carro da sede do Grupo Borges. Ela abriu a porta do passageiro e entrou, encontrando a mãe com o rosto fechado. Não pôde evitar soltar uma risadinha:
— Mãe, o papai só está preocupado com a empresa. Não fica chateada com ele, senão ele vai ter que lidar com o trabalho e ainda te agradar. Não vai dar conta de tudo.
Cristina soltou um resmungo de desdém:
— Quem disse que estou chateada com ele? Eu só não quero falar com ele. Se ele não se importa com a própria saúde, por mim, tanto faz.
Renatta sabia que aquilo era só da boca pra fora, mas percebeu o cuidado nas palavras da mãe.
— Tá bom, mãe. Se você não se importa, eu me importo. O médico falou que seria bom fazer uma canja pro papai. Que tal você me deixar no mercado no caminho e