Beatriz, por sua vez, estava pensando em como fazer Renatta a perdoar, sem sentir o mínimo de afeto por Sara, a quem culpava por ter a feito abortar.
Sara era como uma gota d'água caindo no oceano, desaparecendo sem deixar rastros, e ninguém se importava.
Anoiteceu rapidamente e, assim que Renatta saiu do trabalho, arrumou suas coisas e partiu. Assim que chegou ao térreo, uma figura um tanto frágil se aproximou dela. Ao ver Beatriz, Renatta demonstrou um leve incômodo em seu olhar. Da última vez que se recusara a assinar algo para Beatriz, ela achou que a outra tinha entendido sua mensagem, mas para sua surpresa, Beatriz ainda vinha importuná-la.
Encarando os olhos gélidos de Renatta, Beatriz estremeceu e, a alguns passos de distância, estendeu cuidadosamente uma caixa em sua direção:
- Renata... Isso é um presente de aniversário que preparei para você. Espero que goste.
Vendo a cautela de Beatriz, Renatta não sentiu nada, tratando-a como uma completa estranha:
- Sra. Beatriz, não prec