Selene
— Daryk, calma — pedi a ele. Mesmo que eu não tenha o direito de pedir tal coisa, eu posso entendê-lo.
— Como posso ter calma, Selene? Você sabe o que isso significa? — Ele deixou seus ombros caírem, a dor era visível em seus olhos. — Eu não posso perder você.
Infelizmente, eu não podia confortá-lo, gostaria, mas não podia. Eu não sei nem ao menos como me sinto, apenas que está calmo, assim como um campo silencioso e com leves ventos.
— Um receptáculo não sobrevive depois que a deusa usa seu corpo, afinal, não se trata de um ser qualquer. — Maya explicou o que já esperava.
— Será que sou capaz de executar essa tarefa? — perguntei-me em voz alta.
— Selene… — Daryk respirou fundo e sorri levemente para ele pedindo calma. Ele sentou-se novamente e olhou para frente.
— Talvez, não há como saber. Na verdade, foi escolha da sua mãe que você vivesse fora daqui, sendo que era necessário uma preparação para que seu corpo ficasse o mais resistente possível.
— Se é necessário alguém resis