POV: AIRYS
— Daimon... você me feriu? — Minha voz saiu falha, quase um grito sufocado, enquanto olhava incrédula para o sangue escorrendo do meu braço. As marcas das garras dele ardiam, mas a dor física era pequena comparada ao golpe que senti na alma ao ver o homem que amo me machucar.
As contrações voltaram com força, arrancando um gemido trêmulo da minha garganta. Ficar de pé estava se tornando um tormento. As pernas pareciam não responder, o corpo inteiro queria se curvar, ceder, cair em posição fetal. Cada onda de dor vinha como se meu corpo estivesse sendo dilacerado por dentro.
Mas eu não podia ceder. Respirei fundo, arfando, tentando manter a coluna ereta enquanto lágrimas escorriam misturadas ao suor.
— Eu preciso suportar... — Murmurei para mim mesma, o peito subindo e descendo em desespero. — Preciso proteger minha família... preciso trazer o Daimon de volta.
“Não desiste agora, Airys. Aguenta.”