POV: AIRYS
Segui em direção à casa, o coração ainda apertado, a mente fervendo, e o corpo… bom, o corpo exausto, mas inquieto. O mais bizarro, e olha que minha vida é um show constante de bizarrices, foi ver a irmã cega parada na porta, segurando uma garrafa de bebida e dois copos de vidro, como se já soubesse que eu apareceria.
Mantive os olhos nela, parando a sua frente, desconfiada.
— Mas... como...? — Minha voz saiu em um sussurro, engasgado de perplexidade, enquanto ela estendia a garrafa na minha direção.
Os olhos, opacos como neve congelada, encaravam... não, atravessavam minha alma. Ela ergueu o queixo com uma precisão assustadora, me localizando sem nenhum erro.
— Sinto a tristeza... e a dor daquele jovem rapaz desde o momento em que colocou os pés nesta casa. — Su