Lucas Martinelli
04 de janeiro de 2021 - 05h15min
O carro mal estaciona junto ao meio fio e já estou abrindo a porta e praticamente correndo pela calçada em direção à pequena casa onde Agnes Martins e Angel Camille Dalavia moram.
A casa não tem nada de excepcional, muito pelo contrário, na verdade. Ela é pequena e, ao observar as diversas marcas de umidade e outras causadas pelo tempo visíveis pelas paredes externas mesmo à meia luz do amanhecer, constata-se que é muito velha, quase caindo aos pedaços.
É estranho pensar, é praticamente uma tortura, imaginar que eu tenho rios de dinheiro e que a minha filha... Que Angel Camille que talvez, e apenas talvez, seja minha filha, mora em um casebre desses.
Ignorando completamente o horário e sol recém nascendo no horizonte a leste, bato na porta com força, impaciente, querendo tirar toda essa história a limpo de uma vez por todas, antes que eu enlouqueça ou algo pior.
Bato na porta uma segunda vez, com um pouco m