ELLA

Um mês pode parecer pouco…

Mas, para mim, esse mês foi uma vida inteira.

Desde que me mudei para o apartamento do Noah, tudo ganhou um novo ritmo — um ritmo silencioso, secreto, e ao mesmo tempo tão nosso que parecia um lar que sempre esteve esperando para existir.

Minhas manhãs começavam cedo, quase sempre com algum enjoo teimoso que insistia em aparecer. Um sinal constante de que minha vida estava mudando, crescendo dentro de mim, independente de qualquer caos ao redor.

Eu me levantava devagar, ia para o estágio, voltava, ajudava como podia nos deveres de casa da minha mãe — mesmo morando longe — e à noite seguia para a faculdade. Uma rotina exaustiva, mas que agora tinha um propósito, um nome, um coração batendo sob minha pele.

Noah fazia parte dela de um jeito discreto, cuidadoso.

Ele nunca aparecia de surpresa, nunca me colocava em risco.

Sempre enviava uma mensagem simples:

“Estou indo.”

Ou então, quando algum compromisso o prendia:

“Hoje vai ser difícil, mas chego assim qu