93. Fuga
Amber Brown
O terminal estava repleto de sons: o rodar das malas ecoava no piso de cerâmica, anúncios em várias línguas soavam pelos alto-falantes, e a mistura de conversas e risadas se entrelaçava em um mosaico sonoro vibrante. O cheiro de café recém-coado vinha de uma cafeteria próxima, misturando-se com o aroma de comidas de diferentes cozinhas internacionais oferecidas nos diversos restaurantes do local.
Os grandes painéis de voos piscavam com atualizações constantes, criando um fundo dinâmico para o cenário. O balcão de check-in estava movimentado, com funcionários ágeis processando passaportes e bilhetes, enquanto os passageiros, alguns ansiosos, outros entediados, formavam uma fila serpenteante.
Ao nos aproximarmos do controle de segurança, observei a meticulosidade com que os procedimentos eram realizados. Era um lembrete de que estávamos em um limiar, na fronteira entre o conhecido e o desconhecido. Passar por aqueles portões significava deixar para trás a cidade que me mol