LEBLANC...
Quando chegamos à mansão Donneli, é como se toda energia vital de Angelic fosse drenada. Ela desce do carro quando abro a porta, entra na casa e olha ao redor. E, neste momento, não passa de uma garota assustada, incerta sobre o futuro. Angelic caminha na minha frente, e enquanto eu planejo ir até o escritório de Elliot, ela começa a subir os degraus da escada.
- Você sabe que meu pai não tem salvação, não é? - Angelic diz, de repente, ainda de costas para mim.
Salvação...
Não. Ele não tem salvação. Mas ela ainda está aqui, não está? Vivendo dia após dia como se o sobrenome de sua família valesse mais do que sua própria vida.
- Eu não estou aqui por ele - respondo.
Angelic olha para mim por cima do ombro, e quando ela faz isso, quase posso ver mais do que o exterior. Eu não acredito nessa merda de alma, no entanto... se alguém tem uma, essa pessoa é Angelic.
No instante em ela se vira para frente e termina de subir os degraus, me dou conta de que estou aqui por um motivo: c