O silêncio no cubículo contíguo foi quebrado com uma voz carregada de desespero. Bianca, imóvel em seu esconderijo, aguçou o ouvido. Era Tatiana, e seu tom denotava uma urgência inaudita.
— Preciso que, por favor, você consiga o bebê adequado — dizia Tatiana, sua voz mal contida. — Não me interessa o quanto você tenha que se arriscar para poder fazer isso, mas eu quero que você cumpra o que estou te pedindo. É para isso que eu te pago. Eu te enviarei o dinheiro que você precisar e duplicarei o valor se for necessário, mas eu preciso que você se apresse!
Bianca tapou a boca, a incredulidade e a perplexidade a inundando. Ela não sabia com quem Tatiana falava do outro lado da linha, mas uma coisa era inegável: essa mulher estava tramando algo de uma magnitude aterrorizante. Em um impulso repentino, uma estranha necessidade se apoderou dela. Sentia que devia gravar essa conversa, e assim o fez, com a mão trêmula enquanto ativava a função de gravação em seu telefone.
A voz de Tatiana volto