Eric Harrington, ao chegar à empresa, voltou a monopolizar a atenção, a ser o centro de todos os olhares curiosos. Ele suspirou. Os holofotes estavam sobre ele, os olhares curiosos e os suspiros abafados das mulheres que comentavam entre elas o quão bonito era seu chefe, o quão realmente perfeito ele parecia todas as manhãs com seus ternos e suas roupas impecáveis.
— Ele é muito lindo. Pena que já é casado — comentou uma, com um tom de resignação.
— Nem que ele fosse prestar atenção em você — replicou outra, mais pragmática. — De qualquer forma, mesmo que estivesse solteiro, ele não olharia para você. Nós somos inferiores ao lado desse homem, sejamos sinceras, essa é a nossa triste realidade.
— Eu nunca perco a esperança — disse a sonhadora, suspirando. — Nunca se sabe o que acontecerá em nossas vidas. Então não seja tão pessimista.
A outra mulher revirou os olhos. Eric, alheio aos cochichos, avançava em direção a um dos elevadores, aquele que apenas ele e o pessoal autorizado por ele