- Morrerei em minutos, por sangramento maciço e perda de consciência rápida.
- Mas tem outra veia aqui, mais perigosa ainda... – Apertou um pouco mais o vidro com o qual me ameaçava.
- Não é uma veia, é uma artéria... A carótida.
- Hum, eu não sabia que era uma artéria. Parece que você ia bem nas provas de Medicina.
- O sangue sai em jatos pulsantes... A morte se dá em segundos, por falta de oxigênio no cérebro.
- Existe alguma forma de sobreviver?
- É improvável, mas não impossível. Se o corte foi superficial, atingindo apenas a jugular externa e alguém pressionar o ferimento imediatamente com um pano limpo... Há chances.
- Acha que Gabe faria isto? Ele saberia como salvá-la?
- Eu... Não sei. – Fui sincera.
Mas uma coisa eu percebi: ele não sabia a diferença entre a jugular e a carótida, nem o local de cada uma. Ao menos o um ano que estudei medicina parece que me preparou só para uma coisa: aquele momento.
- Ligue imediatamente para Gabe. E falará o que eu mandar. – Apertou o vidro