A cabeça do cara aparece pela porta, tão bruta quanto possível. Já imaginei mil maneiras de fazer a testa dele inchar por ser tão idiota.
"O que você está fazendo?", ele pergunta, sentando-se na cadeira em frente à minha mesa.
"Trabalhando", respondo, constatando o óbvio.
"Vamos comer, estou com fome." Mas esse é outro problema; ele não me deixa em paz por um segundo.
"Preciso terminar isso", digo, apontando para os papéis na minha mesa.
"Você pode terminar depois."
E o pior é que eu concordo, mesmo sabendo que meu trabalho vai se acumular. Levanto para pegar minhas coisas e saio com ele. Não conversamos no caminho; não é necessário. Nos vemos todos os dias. Chegamos ao carro do Oliver, que não é meu. Eles acham que sou imprudente demais para me deixarem dirigir. Chegamos a um dos negócios do meu marido, onde ele está trabalhando. Tudo ao meu redor é controlado, e isso é sufocante.
Meu irmão senta conosco para comer e reclamar porque não gosta de nada. Meu grandalhão já está acostumad