Eu agora estava sentada na cozinha de Dona Emy, perdida nos meus próprios pensamentos enquanto encarava a fatia de pão caseiro no meu prato e a senhorinha tagarelava sem parar sobre acontecimentos e momentos de sua juventude. Eu não queria parecer rude, então, mesmo que não estivesse lhe dando toda a atenção do mundo, concordava e dava uma risada sempre que possível.
Quem parecia realmente entretido com tudo era meu irmão, que a respondia com a maior empolgação do mundo, falando sobre como devia ter sido legal viver nos anos setenta. Talvez eu realmente não devesse ficar tão preocupada e hesitante sobre deixá-lo passar a noite com ela.
Claro que não havia perigo, eu sabia disso. Quero dizer, pelo menos não pela parte de Dona E