CAPÍTULO 209. PISTOLA.
Humberto bateu a porta do apartamento.
- Que humilhação.
Renata se despediu do encanador e pegou a garrafa de whisky no bar. Humberto sentou-se no banquinho.
- Alguém aqui está pistola. Quer uma dose, com gelo ou sem gelo?
- Com gelo, por favor.
Renata o fitou. Humberto estava bufando, de tão nervoso.
- A reunião virtual com a presidente o deixou assim?
- Aquilo não foi reunião mas sim humilhação, Rê.
Ela acendeu um cigarro.
- Estou mais preocupada com o nosso chuveiro, que está esquentando pela metade. Já imaginou quando o inverno chegar?
- Me poupe.
Ela apagou o cigarro, pela metade, no cinzeiro.
- O cara veio aqui pois eu o chamei, indicado pelo zelador. Você não conhece o zelador, Jeremias nem o síndico, o Benício. Pudera, você não vai às reuniões e assembléias. Levamos duas multas, de oitocentos reais cada, por excesso de barulho, gritarias e bebedeiras às duas horas da madrugada. Está aqui , dias treze e quinze. Os dias em que eu estava em Santa Catarina.
- Sério? Eu as pago.
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