Finalmente, nós nos sentamos em uma confeitaria, cada um de nós escolheu um pequeno bolo e um café.
O motorista, com um garfo, levantou um pedaço de bolo de matcha até sua boca e, após engolir, reuniu coragem para falar: — Você não acha que sua atitude em relação ao Afonso é demasiadamente cruel?
— Ele só tem cinco anos, ainda é uma criança que não entende nada.
— Você sabe que todos os dias, ao ver você buscar a Sarah, ele chora em silêncio na porta da escola?
— Ele te ama tanto...
— Como você tem coragem de ignorá-lo só porque se divorciou do pai dele?
Ele realmente não compreendia minha decisão.
Em sua visão, uma mãe devia amar seu filho incondicionalmente.
Comparado à sua exaltação, eu parecia muito mais calma: — Vocês perguntaram isso sem antes tentar entender o que ele me fez?
O motorista balançou a cabeça: — Não, mas o que uma criança poderia fazer de tão grave?
Eu também pensava assim, no passado.
Por isso sempre fui leniente com o Afonso.
Mantendo a calma, eu mexia gentilmente