Ao ouvir isso, percebi que, no carro, eu estava tão focada em explicar que a culpa do acidente não era dela. Mas esqueci de contar a ela sobre o que os dois idosos pensavam.
Eu disse calmamente: — Você se lembra do que eu acabei de falar?
Sarah Rocha acenou com a cabeça: — Claro que me lembro.
— Seus avós estavam tristes naquele momento porque sua mãe era a filha biológica deles. — Eu falei mais devagar: — E ela se foi para sempre.
— É como... — Eu diminuí a velocidade da fala, acariciando seu rosto: — Você certamente também estava sofrendo.
Sarah pensou no que aconteceu naquele dia e baixou os olhos inconscientemente.
Continuei: — Mas depois, eles com certeza ficaram aliviados por você ter sobrevivido.
Sarah se levantou: — Sério?
Eu acenei com a cabeça enfaticamente: — Claro.
Sarah girou no lugar, feliz: — Que bom!
Eu a observei e perguntei: — Então agora, Sarah, sabendo que seus avós sempre te amaram e nunca te culparam, você consegue falar com eles agora?
Sarah parou.
Ela fez uma ca