Davi não se moveu para enxugar as lágrimas dela. Em vez disso, permaneceu parado ao lado da cama, frio e distante, mantendo uma certa distância.
Com uma voz baixa e firme, ele falou:
— Vou pedir para o Samuel organizar a cirurgia. Você só precisa descansar e ficar tranquila aqui.
Valentina abaixou as pálpebras. Seus longos cílios cobriram parcialmente o olhar, mas, no fundo dos olhos, brilhou uma frieza tênue.
Embora aquela criança fosse de André e ela já tivesse decidido que não a teria, ouvir de Davi que ele também não queria o bebê a fazia se sentir derrotada.
Ainda assim, ela não estava disposta a desistir. Ela ainda não havia conquistado a posição e a riqueza que tanto almejava. Como poderia ceder tão facilmente?
O bebê seria abortado, mas isso não aconteceria silenciosamente, sem que ninguém soubesse.
Na superfície, no entanto, ela manteve a aparência de uma mulher obediente e vulnerável.
— Farei tudo conforme Davi decidir.
Davi, ao vê-la dessa maneira, sentiu u