Ela foge dos padrões uma princesa. Sua beleza não vem um rosto carregado maquiagens, ou pela maneira como está vestida, ela acredita que ela vem dentro. Prefere cavalgar ao ar livre, a ter que assistir a mais uma aula de etiqueta. Seu maior sonho era ser livre, porém, por sua segurança deve viver trancafiada em um palácio. Mas isso não a impedia de ser feliz. Não gostava de demonstrar seus sentimentos para ninguém, ela os prefere guardar para si mesma. Não tem medo de ser quem realmente gostaria de ser, mesmo a imposição todos a sua volta. Está é Aysha Madssey Carher, filha do Rei Andrews a saudosa Rainha Anne, quis o destino que ela viesse ao mundo antes de sua irmã gêmea Adele, bem diferente dela, Adele é uma verdadeira dama, sabia muito bem se portar, se vestir adequadamente para cada situação. "Ela deveria ocupar o trono em meu lugar", assim que pensava, porém as circunstâncias preferiram que ela que fosse a futura herdeira ao trono.
Leer másNão escolhi nascer em um berço real, mas quis o destino que fosse assim.
Além de ter o sangue real, sou também a futura sucessora ao trono, o que me acarreta cobranças e mais cobranças.Descobri o que o futuro me reservava, em uma bela tarde de outono, eu tinha apenas doze anos, e mal tinha noção do que isso simbolizava.
- Filha tem um minutinho para mim? Falou enquanto eu e Adele estávamos brincando de boneca, um momento raro, já que eu odiava brincar de bonecas, é que as vezes eu era obrigada uma vez que quase não tínhamos visitas, e amigos por perto.
- Sim mamãe.
Ela me levou para a casa da árvore, montada a pouco tempo pelo papai, que fica ao lado da janela do meu quarto, um lugar perfeito para meus escapes.
Nos sentamos ao chão, antes de começar ela respirou fundo.
- O que foi mamãe?
- Filha eu trouxe você até aqui por que eu preciso te contar algo.
- Pelo visto é bem sério o que a senhora tem pra me dizer. Falei segurando minhas próprias mãos que estavam bem frias.
Sem prévias ela chegou ao ponto me dando a notícia que mudaria minha vida para sempre.
- Bom, meu lugar ao trono tem um tempo determinado, e como mandam as leis quem será a próxima a ocupar o trono é você, filha você será a Rainha em meu lugar.
- Mas eu.. Parei digerindo aquelas informações. - Eu não quero isso, por que não pode ser Adele, ela é muito melhor do que eu em tudo.
- Você foi a primeira a nascer, as regras são essas, todo primogênito deve ser o sucessor ao trono.
- Tenho medo. Encolhi os joelhos segurando- os com as mãos.
Ela me puxou para si, me envolvendo em seus braços.
- Não precisa ter medo, estaremos aqui para te mostrar o que fazer.
- Mas e, se eu não conseguir?
- Meu amor, Deus não escolhe pessoas capacitadas, mas Ele capacita as que Ele escolheu, você ainda é muito nova, no tempo certo saberá o que fazer.
- A senhora tem razão.
- No início também pensei que era um bicho de sete cabeças, mas aos poucos fui aprendendo a lidar com as coisas, e hoje faço tudo com naturalidade.
- Bom acho que não deve ser tão ruim assim.
- Claro que não minha pequena.
- Adorei essa ideia de poder mandar em quem eu quiser, e mais vou criar uma lei onde as crianças não sejam obrigadas a irem para a aula de etiqueta.
- Não!! Também não é assim que as coisas funcionam Aysha, bom agora você não precisa se preocupar em leis tá, volte a brincar.
- Tá bom mamãe. Lhe dei um beijo e corri para dar a notícia a Adele.
No início pareceu bem fácil, a final eu era apenas uma criança, mas conforme o tempo passava, as pressões sobre mim só aumentavam, meu coração se apertava dentro do peito pelo simples fato de pensar que estava cada vez mais perto, eu não poderia ser quem eu queria, teria de ser o modelo de filha perfeita que eles esperavam de mim.
Meus pais criaram uma espécie de barreira sobre nós, meu primeiro contato com meninos depois de grande só se deu no nosso aniversário de quinze anos.
A festa foi feita no nosso jardim, madame Helena cuidou exclusivamente do nosso visual, escolhi um vestido perolado, era o mais discreto dentre as opções que nos foram dadas. Adele optou por um rosa pink, bem chamativo por sinal.
- Ai minhas vistas. Falei com as mãos sobre os olhos
- O que foi mana?
- É esse seu vestido, menina vai botar outra coisa.
- Sua boba. Falou me dando um tapa fraco no braço.
- Não ouse agradir a futura herdeira ao trono, se não irei mandar cortar a sua cabeça.
- Asyha, para. Falou toda mimosa
Revirei os olhos.- Estou brincando praga, sabe que eu te amo.
- Assim é melhor. Disse me abraçando.
- Menos querida, muito amor também não dá. Falei empurrando sua cabeça.
- Como vocês estão lindas. Disse a mamãe entrando no salão.
- Obrigada. Respondemos em uníssono.
Em seguida seguimos para o jardim onde a festa já estava acontecendo.
Quando pisamos os pés na grama, todos os olhares se voltaram para nós, Adele ficou corada, era muito tímida.
- Quero que fiquem a vontade meninas. Disse nossa mãe.
Consenti, e comecei a caminhar. Adele pegou o embalo e veio um pouco mais atrás.
Alguns Príncipes de províncias próximas estavam presentes, percebi que não tiravam os olhos de nós, parecíamos presas fáceis, e eles estavam prestes a atacar, não me deixei intimidar, continuei caminhando como se nada de mais estivesse acontecendo.
Também compareceram algumas princesas, minha irmã logo se juntou à elas, me deixando sozinha.
Cumprimentei alguns dos convidados, para não me passar de mal educada, mas confesso aquela gente era muito chata, rodeavam fazendo perguntas para depois chegar no ponto onde queriam " Quando vai se casar?" Eu tenho quinze anos, será que não entendem isso. Cansada de tanta ladainha, me sentei em um banquinho só observando o movimento.
- Com essa cara você vai acabar espantando os convidados.
Disse um dos convidados se assentando ao meu lado. Lancei um olhar para ver de quem se tratava.
- Não acredito. Pus as mãos sobre a boca.
Se tratava de Maxwell Wilkinson, filho do Rei Philip, um velho amigo da nossa família, Max sempre fazia parte do meu time nos jogos de futebol, quando éramos crianças, por que nenhum dos meninos queria ter uma menina no seu time.
- Nossa como você mudou.
Realmente estava bem diferente, que da última vez que nos vimos, sua feição de menino havia desaparecido, tinha agora traços fortes e marcantes, aliás bem parecidos com os do príncipe Philip, cabelos castanhos escuro, pele bem branquinha, olhos claros.
Estava vestido como um verdadeiro cavalheiro, como o tempo lhe fez tão bem.
- Você também está bem diferente. Disse Max com sorriso de lado.
- Não acho que mudei tanto.
- Acha isso, por que se vê todos os dias, mas quem não te vê com freqüência pode perceber as mudanças claramente, eu até diria o que mudou em você.
- Então me diga.
- Os detalhes do seu rosto se tornaram mais vivos, você cresceu alguns centímetros e o seu corpo tomou mais forma.
- Tá para, porque você está acabando comigo.
- Falei algo errado? Não quis te ofender.
- Vamos falar sobre outro assunto, como andam as coisas? Porque você não veio mais me ver, o que houve?
- Calma, uma pergunta de cada vez.
Ri jogando a cabeça para trás.
- Porque você não veio mais aqui?
- Fui estudar fora, nosso reino infelizmente não tem uma boa escola com o curso que eu queria.
- E como estão as coisas agora?
- Podemos dizer que estou pronto para governar, meu pai confia boa parte do reino em minhas mãos, algo que tenho feito muito bem, e estou à procura de uma noiva.
Tremi por dentro.
- Está procurando uma noiva?
- Sim ano que vem faço dezoito anos, meus pais já estão me cobrando muito isso.
- Adele está solteira. Falei meio sem jeito.
- O quê? Ele ergue uma das sombrancelhas.
- Ela é uma boa garota, e está sozinha.
- Ah, que bom. Respondeu meio desanimado.
- Falando nela. Apontei com a cabeça.
Adele vinha abraçada com papai, eles davam risadas e olhavam um para o outro fazendo gestos.
- Alteza. Maxwell se pôs a diante deles com uma breve reverência.
- Como vai Maxwell. Perguntou papai.
- Bem, obrigado. Depois virou para Adele. - Princesa. Disse fazendo uma reverência.
- Olá. Ela respondeu de uma forma meiga.
- Sua mãe está chamando é a hora dos parabéns.
Revirei os olhos, não queria ser tratada mais como criança, mas meus pais pareciam não deixar a gente crescer.
- Vamos. Respondi fraco e baixo.
- Por que está com essa cara querida? Perguntou papai, envolvendo seu braço ao redor da minha cintura enquanto estávamos andando.
- Nada.
- Eu te conheço, conte o que houve?
- Quero ter liberdade.
- O quê? Ele questinou pasmo.
- Pai, quero começar a exercer a minha função aqui no Reino, e mais quero poder sair para conhecer outros lugares e suas monarquias, quero conhecer outras pessoas, estou cansada de viver presa aqui.
- É isso mesmo que você deseja?
- Sim.
- Seu pedido será atendido minha filha, talvez eu e sua mãe erramos em deixar vocês presas só aqui no palácio, pensamos muito na segurança de vocês mas acho que não tem mal nenhum em deixar vocês aprenderem um pouco sozinhas.
- Obrigada pai, eu te amo. Abracei sua cintura bem apertado.
Enquanto papai eu estávamos conversando meio de canto de olho pude ver que Adele ficou um pouco mais atrás com o príncipe Maxwell, eles conversavam com sorrisos no rosto, Adele um pouco tímida tapava a boca com as mãos, quando riam, de algum assunto que eu queria descobrir qual era, senti meus olhos marejarem, a final o que está havendo comigo?
Quando chegamos ao local onde foi preparado o banquete, fomos recebidas a palmas e a pedacinhos de papel luminoso, que grudavam tudo na nossa pele e cabelo, coisa chata, aquilo só podia ser ideia da mamãe.Adele pareceu adorar tudo, um sorriso estampado se formou em seu rosto, bom eu tentei sorrir mas o máximo que consegui foi um meio de lado.
A festa não durou muito tempo isso porque meus pais não queriam que ela se prolongasse até a noite, mas uma vez o cuidado extremo deles.
Aos poucos os convidados foram se aproximando para se despedirem.
Foi chegada a vez da família real Wilkinson, de Norseman. O rei Philip abraçou meu pai, já minhã mãe não parava de falar com madame Khristine.
Max se aproximou de mim.
- Espero poder vê- la mais vezes, quem sabe não voltamos a jogar futebol. Falou irônico.
Ri.
- Claro.
Depois se dirigiu a Adele.
- Foi um prazer te conhecer princesa.
- O prazer foi meu. (Adele)
Dois meses se passaram...Eu não podia participar de forma nenhuma das atividades do Karl, então passava o dia inteiro agoniada querendo saber como ele estaria se saindo.Só nos víamos a noite, quando meu pai permitia, isso também fazia parte da lista de exigências do meu pai, faltava apenas alguns dias para o cumprimento do trato, eu não via a hora disso terminar para que eu e Karl finalmente pudéssemos nos casar.Enquanto estávamos jantando, meu pai apareceu no salão principal nos últimos meses ele se privava em jantar com a gente, me assustei quando o vi se aproximar.- Vocês estão liberados para escolher a data de casamento.- O quê?- Eu estou autorizando o casamento de vocês.- Pai, obrigada.- Karl é um bom homem, estava enganado com respeito a ele.- Não sei como agradecer.- Obrigado senhor. Karl disse.- Seja bem vindo a família meu rapaz.Meu
- Não estou fazendo nada na base do Sentimento.- Você é muito imatura ainda, como pode ser tão controlada pelos outros?- Olha como fala comigo garoto.- Não posso me casar com alguém que não sabe o quer.- Eu sei muito bem o que eu quero.- Não parece, pensei Que você fosse diferente, mas vejo que me Enganei, o que fez comigo foi um golpe muito baixo.- Eu sei, mas estou arrependida, por que não dá uma segunda chance pra nós?- Por que eu deveria?- Eu preciso de Você, preciso que fique, não posso seguir sem você.Karl pareceu consentir.- Mas e quanto ao que você sente por Maxwell?- Eu confundi o amor que sentia por ele, o amo sim, mas como um amigo, na verdade no fundo eu alimentava esse sentimento, Max sempre foi uma pessoa incrível eu tinha medo de não encontrar isso em outra pessoa, então achava que ele era a melhor opção para mim, demorei para aceitar isso e
- Droga! Ele disse se afastando.- Que foi?- Não consigo acreditar nisso, porque ela fez isso comigo.- Dê tempo à ela, Adele ás vezes age por impulso, mas tenho certeza que deve estar pensando melhor.- A culpa disso tudo é sua. Falou apontando o dedo em minha direção.- Eu sei. Mas não tinha a intenção.Max andava de um lado para o outro.- Minha filha. Mamãe soltou uma saudação do fim do corredor, atrás dela vinha papai, ela acelerou o passo e logo se lançou em meus braços.- Passamos a noite em claro, preocupados com você, onde estava?- Procurando uma garotinha, estou bem, Karl estava comigo.- Obrigado meu filho por trazer nossa filha de volta. Disse meu pai abraçando Max, como se ele fosse um herói, patético.- Karl me ajudou, Max só me trouxe pra casa.- Nunca mais faça Isso de novo Aysha, não é sua obrigação.- A princesa tev
Acordei antes de Karl, mas assim que me movimentei para levantar ele acordou.- Bom dia. Disse com um sorriso nos lábios.- Bom dia.- Como passou a noite? Conseguiu dormir? Perguntou em seguida.- Dormi bem até, nem me lembrei que estava nesse lugar, você me serviu como um bom travesseiro.- Adorei passar a noite com você, devíamos fazer isso mais vezes. Disse erguendo uma de suas sobrancelhas ironicamente.- Para, cala essa boca. Dei um tapa em seu ombro.- Estou brincando, mas me diz uma coisa quando vou poder te ver de novo?- Ainda não sei, preciso acertar algumas coisas, não faço ideia de como será daqui pra frente.- Meu pai não está nada satisfeito, vou tentar acalmá-lo ver se encontro outra solução, eu não estou nem aí pra esse título ridículo, eu só quero paz.- Eu também sabia. Mas não tenho escolha, esta no meu sangue, ninguém escolhe nascer em um berço
Depois de uma longa conversa com papai consegui o convencer em me permitir lutar pelo meu povo, cheguei até a dar minha mãe como exemplo, ela fez o mesmo no início de sua posse DP trono, não foi nada fácil mas com uma condição ele cedeu.- Sim, pode-me dizer então qual seria essa condição?- Seu treino será bem reforçado, vou colocar o príncipe Maxwell para lhe dar as instruções de como deverá proceder.- Mas porque Maxwell? Posso treinar com Nicholas, ou com outro guarda.- Maxwell tem experiência o suficiente e ele que irá liderar o exército.- O senhor não vai?- Não, preciso ficar e guardar nossa família.- Está bem, eu aceito.Meu pai se despediu um pouco mais satisfeito por eu ter aceitado sua ideia. Percebi uma movimentação da porta do palácio, alguns dos hóspedes estavam indo embora, dentre eles Karl, por alguma razão ainda permanecia no palácio, avancei e segui ao seu encontro. Ele est
Na manhã seguinte por uma questão de educação tive que participar do café com todos os convidados que permaneceram no palácio, dentre eles Max, quando nossos olhares se cruzaram, ele abaixou a cabeça, Adele do seu lado parecia estonteante, ela não parava de olhar para ele, escolhi um lugar na lateral em quê eu não precisasse olhar para eles.- Bom dia mana. Disse Adele quando me sentei.Sorri amarelo.- Bom dia.Em seguida quem apareceu foi Karl, meu coração se apertou ao o ver com malas nas mãos. Me levantei imediatamente e fui ao seu encontro.- Karl. - Estou indo.- Ainda está magoado comigo?- Você tem suas razões, ainda ama Max, e eu não posso mudar isso.- Não é verdade.Karl abaixou o olhar.- Meu pai decretou como traição o não cumprimento da promessa de Kalgoorlie, sendo assim prepare seus soldados.- Porque mudou de assunto? Eu não amo
Último capítulo