ANYA DOMINUS.A vida insiste, mesmo onde a dor construiu morada.Os últimos dias passaram em um ritmo estranho.Lento e rápido ao mesmo tempo.Orion mal saiu do quarto.Cancelou reuniões com a guarda, treinos, compromissos — tudo. Simplesmente se recusou a me deixar sozinha por mais de alguns minutos, como se tivesse medo de que algo terrível pudesse acontecer no segundo em que ele virasse as costas.Ele me alimenta pessoalmente, trazendo bandejas com frutas frescas, pães quentes, sopas leves que não reviram meu estômago sensível.Me observa beber o chá de ervas que Mestre Aldric deixou para três vezes ao dia, contando cada gole como se fosse questão de vida ou morte.Me carrega até a banheira quando preciso tomar banho, mesmo quando protesto veementemente que consigo andar sozinha.E à noite…À noite, ele me segura como se eu fosse desaparecer.Uma mão sempre repousando protetora sobre meu abdômen, mesmo que ainda não haja nada para sentir, nada para ver além da promessa invisível cr
Ler mais