“Minha liberdade? Do que está falando?” meu estômago se contorcia, apertando com força dentro de mim. O desconforto me fez curvar o corpo, abraçando minha barriga para tentar conter a dor avassaladora que me consumia lentamente. As náuseas persistem, minha garganta ardendo enquanto as lágrimas rolavam pelo meu rosto. “Me obedeça, faça o que eu estou mandando e eu irei reduzir a sua dívida pela metade.” “E se eu me recusar?” Cassian me olhou de cima, frio, cruel. “Se voc&ec

Minhas mãos suavam, mas não havia como voltar. Com os dentes trincados, respirei fundo, vendo como o sorriso de Cassian aumentava junto a minha raiva. “Eu escolho… as mãos. Tirem suas mãos.” Cassian não reagiu, ele nem se moveu. Lentamente, seu sorriso se desfez e ele afastou o cano da arma do meu queixo. Ele não parecia mais tão satisfeito como antes, na verdade, ele parecia decepcionado. “Façam como ela disse. Podem levá-lo.” Dois homens muito fortes apareceram e arrastaram o homem para fora enquanto esse gritava maldições e xingamentos. Desviei o olh

Segurei seu rosto entre as minhas mãos, o que pareceu o surpreender. Seus olhos se fecharam levemente, como se, naquele momento, apenas nós dois existíssemos sob a luz fraca que pendia do lustre acima de nós. “Não era isso o que você queria?” perguntei. Cassian abriu seus olhos lentamente, sua mão cobrindo a minha. Ele soltou um longo suspiro antes de afastá-la. “Sim, era exatamente isso o que eu queria.” ele respondeu com uma voz fria e cortante. Deu um sorriso fraco, me afastando dele e virando para o último homem sentado sozinho no centro do salão. Seus olhos eram

Eu não sabia o que responder, não sabia o que eu deveria fazer com alguém tão sujo quanto o Flautista de Hamelin. A minha demora parecia deixar todos na sala ainda mais agitados, com isso eu acabava ficando mais nervosa e confusa com relação à decisão que precisava tomar. “Ele não merece viver.” uma voz surgiu da escuridão. “A morte é boa demais para alguém como ele.” outro se manifestou. Com um toque suave em meu rosto, Cassian me fez olhá-lo. Minha mão ainda estava sobre a dele, o calor de sua pele parecia trazer um pouco de paz ao caos da tempestade que continuava a atormentar meu coração. Seu perfume apimentado, fez meu coração vibrar levemente e, por um momento, como se tudo aquilo não passasse de um pesadelo horrível. “Que tal se eu te ajudar com isso?” ele sugeriu com um sorriso de lado, mas que não alcançava seus olhos. Cassian segurou minha mão com a palma voltada para cima. “Podemos transformar esse miserável em um peso de papel.” “Como assim?” perguntei confusa. Harry