Encontrei o boneco de treinamento e, com determinação, coloquei-o sobre o meu ombro, atravessando o corredor como se o chão estivesse em chamas e, de fato, estava. Quando finalmente saí daquele espaço abafado, minhas pernas não me sustentaram e eu caí de joelhos, exausto. O sargento se aproximou. Um silêncio pesado pairava entre nós, quebrado apenas pelo som da minha respiração e pelo leve tilintar do apito que ele carregava pendurado no pescoço. — Ribeiro — chamou ele. — Sim, senhor — respondi, tentando me recompor. — Pensei que ia te quebrar. — Quase conseguiu — admiti, com um sorriso nervoso. Ele sorriu de volta, levemente. — Mas não consegui. — Não, senhor — confirmei, aliviado. Nesse instante, ele estendeu a mão em um gesto que parecia um rito de passagem. — Então, bem-vindo ao Corpo de Bombeiros. Agora sim você existe. --- O dia terminou com uma chuva fina que caía serenamente sobre o pátio. Permaneci ali, parado, enquanto olhava para a farda pendurada no varal, se
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