— Ah... não posso, Paula. Preciso ajudar minha mãe com os doces. — Disse Ruby, ansiosa para ir embora. Os olhares dos irmãos deixavam claro que ela não era bem-vinda ali.— Que pena. Da próxima vez, Ruby, você precisa vir conversar comigo. Sinto sua falta e quero colocar o papo em dia.— Sim, da próxima vez, Paula. — Respondeu.— Theo, coloque os doces em pratinhos, lave as caixas e devolva para a Ruby.— Sim, mãe. — Theo pegou a cesta com os doces e levou para a cozinha, obedecendo às ordens da mãe. Em menos de cinco minutos, voltou com as marmitas lavadas.— E abra a porta para a Ruby também.— Sim. — Respondeu de má vontade.Ruby acenou em despedida para Paula e, antes de sair, lançou um último olhar para Chris, deixando o olhar repousar por um instante nele. Seguiu Theo até a porta, já imaginando que ele aproveitaria qualquer oportunidade para provocá-la.— Vai tentar flertar com o Chris de novo, Ruby? Que esperta — provocou Theo. Como ela temia, ele não perdeu tempo.— Pe

— Você tem razão, Tucker. O Flynn não consegue ficar quieto como um adulto por muito tempo. Vamos, Nina, vamos preparar o bolo. E será que eu posso te incomodar pra apagar as luzes, Tucker? — Perguntou Ruby.— Claro. Está na hora de apagar as velas, e a aniversariante não deve fazer nenhum trabalho. — Respondeu Tucker, vendo Ruby prestes a se levantar para ajudar.— Tudo bem, então. O interruptor fica ali. — Ela apontou o local para ele.— Flynn, tenha paciência, tá bom? Daqui a pouco já vamos comer o bolo. — Disse Ruby à única criança da festa.— Tá. — Respondeu Flynn, com os olhos meio fechados de sono.Tucker apagou as luzes e sentou-se ao lado da aniversariante. Cinco minutos depois, Nina e Amber entraram com o bolo aceso, e todos começaram a cantar juntos.No andar de cima, longe da festa, um jovem abriu a janela. "Um aniversário?", pensou. Ele observou os convidados, reconhecendo todos, exceto uma mulher desconhecida. Chris lembrou-se de que os aniversários de Ruby sempre o

No dia seguinte, Chris foi diretamente até a casa de Amber e tocou a campainha, pegando-a de surpresa. Quando ela descobriu o motivo da visita, seu espanto só aumentou.— Normalmente, eu sempre compro um presente de aniversário para a Ruby todo ano. Este ano, acabei esquecendo completamente, então vim pedir sua ajuda. Quero levar a Ruby para escolher um presente de aniversário atrasado.— Presente de aniversário da Ruby? — Amber repetiu, surpresa.— Sim.— Tudo bem, vou chamar a Ruby. Sente-se um pouco. Ela talvez ainda não tenha acordado.— Obrigado.Amber subiu rapidamente as escadas até o segundo andar. Bateu na porta do quarto da filha, e num instante Ruby a abriu. Ao ver a expressão assustada da mãe, ficou curiosa.— O que foi, mãe? Você parece tão surpresa.— E como não estaria? O Chris apareceu aqui e quer te levar para comprar um presente de aniversário.— Chris? — Os olhos de Ruby se arregalaram, incrédulos.— Sim, claro. Eu mesma estou surpresa. Vai com ele, querida

— Esqueci de perguntar se você estava com fome. Fiquei com receio de pedirmos demais e não conseguirmos comer tudo. Eles só deixam ficar duas horas aqui. — Disse Ruby, depois de ler os detalhes do cardápio e entender as regras do restaurante.— Eu também não comi ainda, mas o que pedimos já é o suficiente. Coma tudo primeiro, depois pedimos mais.— Tudo bem.Enquanto esperavam a comida, Ruby colocou a caixinha do anel de diamante sobre a mesa, abriu-a e deslizou o pequeno anel no anelar da mão esquerda. Mexeu o dedo, admirando o brilho da joia. Do outro lado da mesa, o olhar dele ficou frio e cortante. Chris percebeu de imediato por que Ruby havia escolhido justamente aquele dedo.— Só porque você está usando o anel que eu comprei no seu anelar esquerdo não quer dizer que as coisas entre nós vão ser assim, Ruby. — Murmurou ele, num tom baixo, cortando qualquer ilusão que ela pudesse ter. Ruby colocou a caixinha de volta dentro da sacola e ergueu o olhar para ele.— Eu sei. Só quis

— Bem, nunca se sabe. Em um dia de folga como este, a filial pode estar movimentada. Talvez os executivos tenham vindo verificar se está tudo em ordem.— Deixa pra lá, Nina. A verdade é que o Chris não quis vir me cumprimentar. Isso já diz tudo. — Ruby sorriu novamente, mas o sorriso parecia mais forçado do que genuíno.— Vocês vivem se cruzando assim… Quando vai desistir do Chris? Tenho até pena de você. Achei que, mudando pra outra província, você finalmente teria um namorado de verdade.— Quando foi que eu disse que não tinha?— Hã? Sério? Quem é? Conta agora, Ruby!— Estou brincando. Tem alguém dando em cima de mim, mas namorado eu não tenho.— Ruby, por que não aceita esse cara como namorado? — Nina não pôde deixar de sentir um pouco de inveja. Uma garota bonita e fofa como Ruby… claro que alguém se interessaria por ela. Seu rosto parecia o de uma boneca, com olhos grandes e redondos, cílios naturalmente curvados e um corpo atraente, tão diferente de Nina, que sem maquiagem