~~ Jackson ~~Depois de transar com a Alícia na sala de avaliação física, pensei que saciaria os meus desejos e poderia seguir a minha vida solitária, vida essa que escolhi desde o dia que fiquei viúvo. Mas as coisas não funcionaram bem assim. Perdi a minha esposa e o nosso filho há cerca de 5 anos. Desde então, jamais me envolvi afetivamente com ninguém. Ser pai era um grande sonho meu, e saber que ela se sacrificou para fazer a minha vontade sempre foi um grande martírio. Eu me culpava e acreditava dia após dia que não merecia ser feliz. Saí da academia naquela noite e não consegui tirar a Alícia da cabeça. Eu nunca tinha feito tamanha loucura, ter relações com uma mulher no meu local de trabalho ou qualquer outro local proibido. A adrenalina e o medo deixaram o momento ainda mais intenso, me senti como se tivesse voltado a ser um adolescente inconsequente, e tinha sido incrível, eu queria mais. Decidi convidar a Alícia para sair, pois precisava finalizar o que começamos. Talvez

Jack parecia o meu pai quando resolvia me dar sermão. Fiquei um tempo observando-o e processando tudo, antes de responder: — Ai, que menino chato! Ele perdeu toda a seriedade e riu, enquanto eu permanecia emburrada. — Olha, eu não tive culpa, tá bom? Se nos envolvemos tanto assim como você diz, foi porque você me encheu de perguntas, mas quando sou eu que quero respostas, você se faz de difícil! — Justo. Assumo a minha culpa nisso. Mas não sou um menino, sou mais velho do que você, ou não?— Pouca coisa. — Quantos anos você tem, Alícia? — Desculpe, não vou mais te envolver na minha vida pessoal — argumentei para fugir do assunto, e ele soltou uma boa gargalhada. — Não precisa ficar brava, neném. — Também não acho adequado me chamar de neném, acho muito íntimo. Sabe? — Falei sério, mas Jack continuava rindo. — Desculpe, é mania, chamo até as recepcionistas das academias assim. Inclusive tenho uma aluna de 69 anos que adora. Arregalei os olhos e o encarei. — Você quer dizer q

Meu ex bufava, me olhando abismado. — Eu não vou admitir essa pouca vergonha, Alicia! Eu vou pegar o David agora mesmo, e ele não passa mais um dia sequer com você! — Se você se aproximar do meu filho, eu juro que dessa vez te coloco na justiça, eu juro! — Não se preocupe, querida, já fiz isso por você. Entrei com um processo pela guarda do David, você deve receber uma intimação em breve… Aliás, o juiz vai adorar saber que toda vez que venho ver o meu filho ele não está em casa, porque a mãe o deixou de lado para dar para qualquer um! Me calei, atônita com a informação, até que Jack puxou Robert pelo colarinho. — Respeita ela, seu babaca, ou dessa vez eu juro que te arrebento inteiro! — Ela está te pagando quanto para bancar o namoradinho protetor? Que decadência, meu amigo, sinceramente! — Ela me paga com um puta sexo... E essa boquinha gostosa faz estrago, não é, meu amor? Ouvi um carro estacionando lá fora, e Jack soltou Robert, empurrando-o bruscamente. — Essa gorda? Puta

~~ Jackson (Duas semanas antes) ~~Após encontrar o celular que pertencia ao ex-marido da Alicia, procurei um velho amigo da polícia para tentar acessar o aparelho. — Não posso fazer isso, Jack, é ilegal! Se existem suspeitas, não seria mais prudente denunciar esse homem para que as coisas se solucionem da forma correta? Natan era perito da polícia civil. Eu sabia que o que estava pedindo era ilegal, e também sabia que, se descobrisse algo, não serviria de prova por não ter um mandado judicial autorizando a perícia técnica do aparelho, mas não custava tentar. — Eu sei, mas são apenas suspeitas, achismo. Como vou denunciar alguém sem saber sequer o que dizer para as autoridades? — O que exatamente você espera encontrar nesse celular? Expliquei para o Natan toda a situação, contei o pouco que sabia sobre o relacionamento do Robert com a Alícia e o que ela suspeitava. — Então oriente essa senhora a fazer a denúncia. — Não! A Alicia já tem problemas demais com ele, prefiro mantê-la

~~ Jackson ~~Cheguei na academia para ver como as coisas estavam indo. Daniel estava parado na recepção conversando com um aluno. Sem dúvidas, era um dos meus melhores professores; seu excesso de simpatia encantava a todos, porém, se deixasse, ele esquecia do tempo e ficava apenas de conversa fiada. Então me aproximei para cumprimentá-los e chamar a sua atenção. — E aí, chefe, beleza? — Beleza! Está sem serviço, Daniel? — Perguntei, dando uma olhada ao redor, constatando que havia alunos sem instrução. — Já vou indo… — Nós estávamos comentando aqui sobre as suas alunas novas… — o aluno contou. — Alunas novas? — Samanta e Alicia… — E o que tem elas? — Fiquei sabendo que você está ficando com a gordinha… Olhei para ele e em seguida encarei o linguarudo do Daniel, sem expressar qualquer humor. — Algum problema nisso? — Respondi friamente. — Nenhum, estava justamente comentando que ela é muito atraente… Tem uma bela bunda.— E os peitos? — Daniel gesticulou com as mãos mostran