Não houve nada mais difícil para mim do que sair de casa sem um plano, sem ideias do que realmente queria fazer. Eu sabia que tinha que sair, eu só sabia que precisava estar longe de casa. Eu sabia que precisava me descobrir, sabia que não queria viver a vida que minha família planejou para mim. Eu queria ser alguém diferente, queria fazer diferente, queria ver minha vida acontecer. Não queria viver a vida que minha tia prometeu para mim. Eu não queria ser a princesa, não queria ser a bonequinha, não queria ser um enfeite na parede do palácio. Eu não queria ser a mãe que criaram para eu ser. Eu queria ser eu. Eu queria ser Âmbar.Eu não tinha certeza se ele estava falando a verdade. Eu não pensei que ele realmente fosse me deixar partir, e não assim, tão facilmente. Não achei que ele concordaria com o que eu disse. Foi tudo muito fácil. Achei que ele fosse gritar, que fosse exigir... Mas, lá no fundo, ele sempre foi diferente. Ele não é como os homens do meu país, não é como os machis

ANOS ATRÁS... — E sobre ficar com um homem mais novo?— eu e Cloud somos como guardas noturnos, passamos a madrugada jogando conversa fora. E só quando...e só quando o sol começa a raiar é que nós despedimos para tentar pegar uma duas horas de sono e inicia nosso dia.Psicologicamente falando, nós estamos ferrando o nosso bem estar mental. Ficar sem dormir, aumenta estresse, dá problemas cardíacos e diminui a imunidade. O corpo precisa descansar para recuperar as energias. Mas diga isso para mim e Cloud, e espere deitado ou mesmo na tuba que sigamos essa recomendação. Por um lado é mau e por outro é bom, a nossa conversa é como terapia. Eu acredito que se continuarmos assim por mais algum tempo, daqui a nada não teremos mais medo da noite, medo de saber que perdemos um ente querido. Teremos superado esse trauma.Olhei para ele e sorri achando graça do que ela está dizendo. — Nos passamos maior parte do tempo juntos. Não querendo dar ouvidos daquela falsa freira – Katya é a falsa frei

Me colocaram no carro, o filho do Romanov e ele ficaram no banco de frente enquanto eu e o outro cara estamos no banco de trás e ele está fazendo curativo em minhas feridas.— Preciso passar de um sítio.— Não é momento para isso!— diz o filho de Romanov.— Ou passamos de lá ou me deixem aqui.— Você é que nós chamou, devia ser no mínimo agradecida sua mal criada.— Chamei meu pai, seu puxa saco do caralho. Seu nome é Pablo Romanov agora?— Paul Romanov querida.— Calem a boca os dois.— disse Romanov. — Vamos passar de onde você quer.— Irei precisar de uma equipe de limpeza também.— OK.— Ok? Pai vai deixar ela te dar ordens? — Paul cala boca. Porquê está implicando com sua irmã? Tem medo de ser substituído?— o homem que está cuidando de meus ferimentos disse irritado.Paul se calou, o homem que acabou de falar parece ter mais poder sobre Paul do que o próprio Romanov, Porque será?Eu pedi que eles me trouxessem de volta para casa de Boris. Uma chama dentro de mim, acredita que Clo

Katya.Fomos convidados a ir para sala, onde nós sentamos e a governanta trouxe comida para nós.— Eu sou Katya.— se não estivesse perante a mãe dela, diria que sou prima de Lyuba, mas suponho que essa mentira não iria colocar.— Este é o Alex. Eu não sei exatamente o que está acontecendo, só que a três dias atrás, nossa casa foi invadida, vários homens portando armas, começaram a disparar. Cloud pai de Alex ficou para trás para atrasar aqueles homens. Mas esses homens não desistiram de nós perseguir. Então Lyuba nos deixou na estação e nos mandou vir para cá. Aqueles homens continuaram atrás dela e de lá até então não sei o que aconteceu ou como ela está.A avó de Mike começou a chorar, com as mãos sobre o rosto. Ela parecia atormentada, com a probabilidade da filha estar morta.— Aiyra calma, você não está bem. Se sua pressão baixar você voltará ao hospital.— Como calma Sam? Como? Estamos falando da minha filha!! Eu não sei como ela está. Há anos que não a vejo. Agora ela manda cria

Som abafado de microfones sendo ajustados. O moderador apresenta os convidados e inicia o debate sobre os direitos das mulheres. Estou sentada diante de três adversários: um machista convicto, um cético que desconfia do feminismo e uma mulher feminista que luta ao meu lado.— Essa ideia de libertação feminina é uma doença moderna. As mulheres foram criadas para cuidar da casa e da família, e isso nunca foi um problema até agora.— Machista. — Criadas por quem? Pelas leis que homens escreveram? Você ignora que essa submissão foi imposta como uma regra social e não uma escolha? Em meu país, mulheres são forçadas a esconder seus rostos, silenciar suas vozes e aceitar casamentos arranjados—não há nada de natural nisso.— Mas será que essa opressão realmente existe ou vocês estão exagerando? Muitos países ocidentais já têm leis que garantem igualdade. Talvez algumas mulheres apenas se sintam insatisfeitas com seus papéis tradicionais.— Cético.— Exagerando? Então quer dizer que ser presa p