Nery Prokhorov.Estou aqui sentada, com um copo de vinho na mão, observando a luz fraca da sala. O cheiro de comida caseira invade o ar, e eu me forço a sorrir enquanto escuto as risadas que ecoam ao meu redor. Minha cunhada, com seu jeito doce e aquele olhar que parece iluminar tudo, está no centro das atenções. E eu? Estou apenas me perguntando como cheguei até aqui, me obrigando a fingir simpatia enquanto o ciúme queima dentro de mim como um fogo incontrolável.Essas duas semanas estão se arrastando. Estou cercada por um grupo de pessoas que não faz ideia do turbilhão que se passa na minha cabeça, Ela até fez questão me apresentar as suas amigas próximas e está fazendo planos de me apresentar para sua familia. Mike, tão encantado com ela, tão cativado por cada palavra que sai da boca dela. E eu? Eu estou aqui, estudando-a como uma cientista observa um experimento em andamento. Analisando cada gesto, cada risada, tentando descobrir seus pontos fracos. O que posso usar contra ela? Co

Nery ProkhorovEnquanto abraço o Mike, não perco o olhar dos meus pais sobre mim. Não sei como. Mas, ele sentem que eu tenho algo haver com toda essa situação. — Mãe, Pai, porque não levam o Mike para casa. Eu estou de plantão hoje. Cuidarei da Natasha. Ela não poderá receber alta hoje, talvez daqui a dois dias.— digo com minha voz mais amena. Dou dois beijos na bochecha de Mike.— Pode ser? — Pode.Não foi necessário muitas palavras, para que eu converse-se os meus pais a levar Mike, para casa. — Como está se sentido?— Péssima, muito péssima.— Natasha disse triste.— Vai passar ok?— entrou uma enfermeira e administrou uma injeção para até ela pudesse descansar. — Amanhã conversamos.Eu não sou da área obstreta, eu estou na área cirúrgica, só vim para cá, quando minha tia disse que minha mãe ligou me ela, porque Mike, ligou desesperado. Minha tia, não está trabalhando hoje. Então ela me ligou de modo que eu pudesse cuidar, de Natasha. Como se não tivesse sido eu que causei essa sit

Para mim os dias são os mesmos. Cresci no mundo se crime, roubar, sabotar, sequestrar, torturar, matar. Meu cotidiano é fazer a vida do outro um inferno, expandir minhas riquezas, ser temido e reconhecido. Nasci nisso, como se tivesse lentes artificiais em meus olhos. No verdadeiro sentido da questão, eu nunca senti nada do qual não esteja preparado.Se alguém tentar matar minha família, acredite eu não ficarei com medo ou me martirizado, o que está acontecendo com Georgina não me deixa surpresa. A vida dos crimes está cheio desse tipo de coisas e se eu ficar surpreso a cada merda que acontece, serei um gajo fodido. Às vezes, me sinto um boneco sem vida que apenas segue o roteiro.O sábado chegou num estalar de dedos. Foi preparado um almoço na estufa de casa, longe dos empregados e dos seguranças. Meus irmãos não participaram, Yana por estar na escola e Lunet por estar controlando o descarregamento de cocaína nas redondezas.Quando anunciaram a chegada de Aiyra eu estava com os segur

Ainda sentada na cama, não acredito que vendi minha virgindade a um cara bonito que roubava meus pensamentos desde o momento que lhe vi, Nikolai Prokhorov, eu já convivi com vários tipos de pessoas, desde sexo, a raça, mas nenhum se compara a Nikolai, e seu jeito imponente de ser. Alto, forte, moreno de olhos escuros como a escuridão, com a tatuagem de uma rosa na mão, e de um lobo nas costas. Nikolai é um homem bonito, de poucas palavras e grosso, o tipo errado de homem que eu gosto.Confesso que quando ele me perguntou por quanto eu transaria com ele fiquei irritada, eu não sou uma prostituta, sou filha de uma eu sei, sou muitas coisas, mais eu não sou uma prostituta. Vendo muitas coisas mas não meu corpo. Pelo menos é o que eu pensava até aceitar a proposta dele, confesso que foi tanto pelo dinheiro como pelo prazer. Quando em um milhão de anos uma pessoa como eu teria a oportunidade de se deitar com um homem como Nikolai? Eu tenho uma forte queda para o crime. Não é a toa, que é n

ACTUALMENTE... Mickelson De Almeida.Assim que Nery, sai. Me aproximo de Natasha que ainda está sensível.— Mike, você mata pessoas?— ela me questiona com a voz arrastada. Me deixando perplexo.— Mike, você faz parte da máfia?— De onde você tirou isso?— Mike, é sim ou não? Nunca menti para ti, e eu espero sinceridade da sua parte também. Eu não posso estar com alguém cujo os valores morais e éticos não estão alinhados com os meus.— Sim.— respondo deixando de lado meu lado carinho, e colocando-me de forma impenetrável, como somos ensinados a ser na máfia. — Quando pensava em me contar isso? Sobre essa sua vida? Ou será mesmo que você ia me contar?— Iria te contar. No tempo certo.— Qual tempo certo? Depois de eu levar um tiro? Depois de eu perdeu o meu primeiro filho? Depois de toda essa situação que me encontro agora? Quando?— O que a morte do nosso filho tem haver com isso.— ela riu sem humor.— Sua irmã vez isso. Ela me fez isso para me punir.— Nery nunca faria isso.— Ela f