Antes da minha cerimônia de acasalamento, descobri que meu Alfa, Damon, tinha trinta candidatas a Luna. Ele passou um mês com cada uma, avaliando-as. Só a que obtivesse a maior pontuação se tornaria sua Luna.E eu? A Beta-Chefe dele, sua amante por seis anos, a mulher que lhe deu tudo?Perdi para uma Ômega submissa e mansa.A porta do meu escritório se escancarou.— Elysia! — Uma voz cortante rompeu o silêncio.Levantei o olhar. A Ômega, Lydia, entrou desfilando em saltos altos.Seu perfume enjoativo vinha misturado a outro cheiro que eu conhecia bem.Damon. O cheiro de sexo.— Você não bateu. — Disse secamente.Ela me ignorou, foi direto à minha escrivaninha e atirou uma caixinha sobre a mesa.— O Alfa pediu que eu trouxesse isto para você.Sua voz era venenosamente doce, pingando satisfação presunçosa.— Ele falou que você andou trabalhando demais.Fitei a caixinha, sem me mover.— Você não vai abrir? Lydia inclinou-se para frente, deixando seu cheiro — uma mistura dela e de D

Mais tarde naquela noite, um choque violento rasgou minha mente.Não era um vínculo mental, era uma invasão.De repente, sensações que não eram minhas inundaram meu corpo.Pele quente. Respiração ofegante. O sentimento de ser tomada...— Sente isso, Elysia? — A voz de Lydia ecoou na minha cabeça, impregnada de prazer vicioso. — É assim que um acasalamento de verdade se sente. Prazer puro. Algo que você nunca foi capaz de dar a ele.Eu me levantei da cama, rompendo a conexão.Mas as sensações permaneceram.As mãos de Damon.Os beijos de Damon.O corpo de Damon.Tudo enviado para mim através dela.Aquela vadia.Bloqueei-a imediatamente da minha mente.Na manhã seguinte, fui direto ao centro de comando tático para confrontar Damon.Ia rejeitá-lo oficialmente e deixar a alcateia Blackmoon.Eu sabia que ele sempre estava lá ao amanhecer, planejando as estratégias da matilha. Sem exceções.A porta principal estava fechada.Fui até a entrada lateral, onde havia um cristal de observa

Ponto de vista de DamonDepois que publiquei o anúncio cancelando a cerimônia, Lydia se atirou nos meus braços.— Eu vou provar que sou uma Luna melhor do que ela jamais foi.Ela sussurrou no meu ouvido.Afastei-a e fui até a minha mesa.Ainda havia uma lista de dez outras candidatas para avaliar.Mas só de pensar nisso, um vazio frio se espalhou em mim.As lobas escolhidas a dedo me mandavam mensagens todos os dias, mas eu nunca respondia.Algumas noites, depois de um dia exaustivo com os assuntos da alcateia, eu chamava Lydia para os meus aposentos.Não sei por quê, mas me enterrar em seu corpo era a única coisa que ainda me fazia sentir como um Alfa.Seus gemidos suaves ajudavam a apagar o peso do dia.Mas o alívio sempre acabava ao amanhecer.Porque, depois de alguns meses sem Elysia, a alcateia começou a desmoronar.— Alfa, temos problemas de novo na fronteira.Disse Marcus, meu segundo no comando, entrando no escritório com uma expressão sombria.— O que foi agora?— A Alc

Ponto de vista de ElysiaDamon parecia ter sido atingido por um raio.— Impossível. — Ele gaguejou. — Vocês dois… quando…?— Há quatro meses. — Respondi com calma. — Logo depois que voltei para a minha alcateia de origem.O sangue sumiu de seu rosto, deixando-o de um branco mortal. Seus olhos queimavam com uma fúria selvagem, desesperada.— Você… como pôde…— Como pude o quê? — Ergui uma sobrancelha. — Encontrar um novo companheiro tão rápido? Ou esquecer você tão rápido?— Seis anos! — Ele rugiu. — Tivemos seis anos de história, e você jogou tudo fora por causa dele?— Seis anos. — Corrigi, firme. — Construídos sobre uma mentira. Um engano mágico desde o começo.Sussurros se espalharam pelo salão do leilão. As outras alcateias estavam ouvindo.— Um feitiço de vínculo de alma?— Um Alfa lançou um feitiço na própria Beta-Chefe?— Pelos Deuses… seis anos de farsa…Damon ouviu os murmúrios, e seu rosto escureceu ainda mais.— Elysia, você não pode dizer essas coisas aqui!

Ponto de vista de ElysiaTrês meses depois.Minha barriga era uma esfera perfeita e pesada. Nosso filhote nasceria em um mês.Adrian cuidava de cada detalhe, até me oferecer o braço quando eu caminhava.— Uma mensagem da sua amiga. — Disse ele, entregando-me um cristal de comunicação.Era Maya, minha amiga da alcateia Blackmoon.— Elysia, você precisa ver isso. — A voz dela vibrava de curiosidade e fofoca. — É sobre o seu ex.A imagem surgiu no cristal.Era o grande salão da alcateia Blackmoon.Damon estava sentado à cabeceira da mesa, cercado por alguns de seus homens, garrafas vazias espalhadas por toda parte.— Finalmente livres! — Um deles brindou. — Ninguém mais mandando a gente fazer reunião ou treinar!— É isso aí! — Concordou outro, rindo alto. — A Elysia era uma mandona insuportável. Sempre pegando no nosso pé por causa das patrulhas, horários de treino… até com quem a gente dormia!— É assim que são as fêmeas alfa. — Murmurou um terceiro, já bêbado. — Acham qu