Megan ScottA sala estava uma bagunça deliciosa na casa de Adam nos pós jogo.Garrafas vazias em cima da mesinha de centro, casacos jogados no encosto do sofá, a televisão conectada no YouTube mostrando a letra de alguma música dos anos 2000 que Hanna berrava no microfone com Ryan e Alex, rindo como se não houvesse amanhã.— “Since U Been Goneeeee!” — Hanna gritava, desafinada, pulando no sofá com um copo na mão.Adam estava sentado em uma poltrona no canto, pernas abertas, copo de cerveja equilibrado no braço da cadeira e um sorrisinho relaxado no rosto. O boné agora estava jogado em algum canto da sala, revelando os cabelos bagunçados que ele insistia em passar a mão de tempos em tempos.Ele me observava.Eu estava em pé, encostada na parede, tentando parecer invisível enquanto todo mundo cantava, ria ou dançava. Minha bebida já estava quente na mão e meu corpo travado como se estivesse num laboratório, não numa festa.Até

Megan ScottAcordei com a cabeça latejando e um peso quente me abraçando por trás.Demorei uns segundos para entender onde eu estava.Minha cama.Meu quarto.E um corpo masculino... colado ao meu.Adam.Fechei os olhos e tentei voltar no tempo. Festa. Risos. Beijo. Outro beijo. O beijo.Eu puxando-o para dentro. Um convite embriagado e um limite implícito: “sem segundas intenções”.Só que... dormir de conchinha com Adam Cameron já era, por si só, uma segunda, terceira e quarta intenção embutida.Meu coração acelerou. Sentia o peito dele subindo e descendo contra minhas costas, o braço pesado ao redor da minha cintura, a respiração lenta no meu pescoço.Não conseguia me mover.Ele ainda dormia, com o braço em volta da minha cintura, respirando pesado e parecendo… perfeito demais. Aqueles cabelos bagunçados caindo sobre a testa, o queixo forte, a pele levemente bronzeada com o cheiro dele misturado ao perfume doce que ainda pairava

Megan scottTentei fugir o dia inteiro de Adam, não é que ele me achou aqui no meu refúgio secreto.Camisa branca, colada no peito, cabelo molhado de banho recente, mochila jogada no ombro e aquele olhar displicente que grita “sou bonito e sei disso”. Parado ali me molhando.Fingi que não vi.Mas não tem como ignorar um homem daquele tamanho e ainda me chamando.Depois que ele jogou a chave em cima da mesa, confesso que o abracei espontaneamente.Achei fofo da parte dele.Tentei disfarçar o quanto fiquei afetada com o abraço que dei nele e resolvi mudar o foco.— Já que veio Cameron, vamos adiantar a próxima aula.— Você que manda professora Scott — ele disse, se sentando na cadeira à minha frente. — Que vamos aprender hoje? Como quebrar moléculas... ou corações?— Cale a boca, Cameron. — Empurrei um fichário uma sua direção. — Faz esse exercício aqui.Ele abriu o caderno com a maior calma do mundo, como se estivesse curtindo cada seguindo da minha ir

Megan scottAinda encostada na parede do corredor, com as pernas bambas depois do que Adam tinha acabado de fazer comigo, tentei recuperar o fôlego. Mas ele não me deu muito tempo. Seu corpo ainda colado ao meu, o sorriso sacana no rosto, os olhos verdes escuros de desejo.— Vamos sair daqui quatro olhos — ele disse, a voz baixa, carregada de promessa. — Quero você só para mim.Meu coração disparou. Um nó de pânico e expectativa se formou no estômago.— E a Hanna? — perguntei rápido, tentando ganhar tempo. — Eu não posso simplesmente sumir e deixar ela sozinha no bar.Adam arqueou a sobrancelha, ainda mais satisfeito. Tirou o celular do bolso e digitou algo rápido, sem nem descolar os olhos de mim.— Resolvido. — Ele ergueu o aparelho, como se tivesse acabado de vencer mais uma partida. — Mandei mensagem para o Ryan levar a Hanna para nossa casa. Assim você não tem com o que se preocupar.— O quê? — arregalei os olhos, chocada com a ousadi

ADAM CAMERONSaí da bronca do Carter com os ouvidos zunindo. Ainda estava no vestiário quando ouvi passos rápidos ecoando no corredor. Reconheceria em qualquer lugar.Megan.Ela entrou como uma tempestade, óculos tortos, cabelo solto caindo pelo rosto e aquela expressão de fúria que só ela tinha.— Você está de brincadeira comigo, né? — a voz dela cortou o ar como uma lâmina.— Oi para você também, quatro olhos. — Forcei um sorriso, mas não colou.— Não me enrola, Adam. — Ela jogou a mochila no banco com força. — Já fiquei sabendo de tudo. A briga. O soco. A suspensão. O circo inteiro.Revirei os olhos, passando a toalha na nuca. — Foi só um soco. Ele mereceu.— Só um soco?! — ela quase gritou. — Você tem noção do que acabou de fazer? Isso pode ferrar não só suas notas, mas o time inteiro!Me aproximei, diminuindo a distância até encostar nela contra os armários. — Ele falou de você, Megan. Você acha mesmo que eu ia ficar quieto?Ela piscou rápido