Castiel GianniSeis anos depois...Seis anos. Parece pouco quando falamos em tempo, mas é suficiente para transformar um mundo inteiro. Pessoas amadurecem, dores se atenuam, e até os sentimentos mais profundos se moldam à rotina. No entanto, o que sinto por Esther não apenas resistiu ao tempo - ele floresceu. Cresceu em silêncio, como raízes que se aprofundam, firmes e inabaláveis. Esther tem esse dom sobre mim: a capacidade de tornar-se essencial, como o ar, como a fé. A felicidade, aprendi, não é um acaso. É uma construção diária, um hábito cultivado com gratidão. E eu sou grato. Grato pela vida que temos, pelos momentos simples, pelo toque suave da mulher que amo ao acordar, mesmo quando ela resmunga porque a beijo antes de escovar os dentes. É mais forte do que eu - sua presença me viciou, e seu amor é o remédio que me mantém sóbrio de um passado sombrio. Lembro-me da jovem que conheci: magra, assustada, assombrada por traumas que, confesso, temi que nunca fossem curados. Algumas
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